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Brasileira presa na Tailândia não poderá receber o “perdão real”

Defesa da jovem tentaria o benefício, mas esbarrou em regras do país

Monique Mello - 15/05/2022 10h08 | atualizado em 16/05/2022 10h32

Mary Hellen encontra-se presa na Tailândia desde fevereiro Foto: Reprodução/Redes Sociais

A possibilidade de Mary Hellen, brasileira presa por tráfico de drogas na Tailândia, receber o perdão real do rei tailandês Maha Vajiralongkorn já foi descartada. Isso porque a jovem ainda não cumpriu um terço da pena. Ela foi condenada a nove anos e seis meses de prisão no início da semana.

O advogado Telêmaco Marrace, que faz parte da defesa da jovem, disse que as informações foram obtidas por meio do Departamento Correcional da Tailândia.

– Uma nova regra após as mudanças legislativas na Tailândia define que os sentenciados neste momento atual devem cumprir a obrigação de pelo menos um terço de sua sentença de prisão de acordo com o que foi definido pelo tribunal, antes de se encaixarem nos requisitos para pedirem o perdão real – informou o advogado.

Entretanto, segundo Telêmaco, existe a esperança, ainda que pequena, de que a brasileira receba um indulto. Nos últimos dois anos, na Tailândia, apenas quatro benefícios do tipo foram concedidos.

– Mas anima em saber que no pedido de indulto real é obrigado a se considerar os antecedentes de cada solicitante do perdão real, bem como a natureza do crime pelo qual foram condenados e sua pena de prisão. Nesse ponto reafirmo que Mary Hellen tem bons antecedentes e poderia se encaixar, pois ainda pesa a pouca idade e a forma de aliciamento, por ser de família vulnerável financeira no Brasil e alvo fácil a ser convencida – explicou.

O CASO
Mary Hellen e um amigo de 27 anos foram presos em 14 de fevereiro, no aeroporto de Bangcoc, na Tailândia. Outro rapaz, de 24, que levava parte das drogas em outro voo, também foi preso ao desembarcar. Os três saíram de Curitiba com a cocaína distribuída nas malas.

O conteúdo das bagagens chamou a atenção de funcionários durante a inspeção do raio-X, e as malas foram revistadas. Mary Hellen e o rapaz levavam nove quilos da droga em um compartimento secreto. Já o jovem de 24 anos levava 6,5 quilos de cocaína.

Conhecida pelas duras leis contra o tráfico de entorpecentes, a Tailândia poderia punir o crime com prisão perpétua e até com pena de morte – com base na quantidade de drogas e nas circunstâncias.

Mary Hellen acabou sendo condenada a nove anos e seis meses de prisão. A sentença foi proferida na quarta-feira (11) Tailândia, porém chegou ao conhecimento dos advogados na madrugada da quinta (12). O consulado brasileiro enviou um e-mail com as informações, que ainda são preliminares.

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