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"Fico muito honrada", disse a médica Angelita Habr-Gama

Pleno.News - 05/04/2022 17h15 | atualizado em 05/04/2022 17h33

Angelita Habr-Gama Foto: Reprodução/Print de vídeo YouTube Veja

A pesquisadora brasileira e professora emérita da Universidade de São Paulo (USP) Angelita Habr-Gama é uma das cientistas mais premiadas do país. Ela foi reconhecida pela Universidade de Stanford (EUA) como uma das médicas que mais contribuíram para o desenvolvimento da ciência no mundo.

Em parceria com a Editora Elsevier BV, a universidade americana divulgou recentemente uma atualização da lista que representa os 2% de cientistas mais citados em várias disciplinas. O relatório foi preparado por uma equipe de especialistas liderada por John Ioannidis, professor eminente da Universidade de Stanford.

– Esse reconhecimento é um estímulo para os médicos e cientistas brasileiros, um estímulo para progressão na carreira de outras pesquisadoras – disse Angelita ao Estadão.

Segundo ela, a expectativa é de que reconhecimentos como esses sirvam de inspiração para que outros cientistas trilhem caminhos parecidos.

– É claro que tudo isso exigiu muito esforço, muito estudo e muita dedicação, mas a gente chega lá – declarou a médica.

Atualmente, ela também atua no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

– Fico muito honrada e muito satisfeita com o reconhecimento – disse ainda a médica.

Com relevantes trabalhos na área da Coloproctologia, área que estudar doenças do intestino grosso, do reto e do ânus, Angelita foi a primeira mulher residente em cirurgia geral no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Ela criou a disciplina de Coloproctologia na mesma instituição e foi a primeira a chefiar o departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP.

CÂNCER
A cirurgiã é reconhecida por alterar o paradigma mundial adotado durante quase todo o século 20 quanto ao método para o tratamento do câncer do reto baixo. Com sua proposta, baseada em pesquisa clínica feita por ela e sua equipe, iniciada em 1981, Angelita firmou-se como atual paradigma para que o tratamento do câncer do reto baixo seja, inicialmente, conduzido com quimioradioterapia, postergando-se a ressecção cirúrgica.

Entre os principais feitos, a cirurgiã publicou mais de 200 artigos científicos em revistas indexadas no PubMed, fundou a Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci) e foi nomeada coordenadora no Brasil do Programa de Prevenção do Câncer Colorretal pela Organização Mundial de Gastroenterologia (Omge).

Além disso, Angelita exerceu a presidência da Sociedade Brasileira e da Sociedade Latino-Americana de Coloproctologia e do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva. Foi também vice-presidente nacional do CBC, além de ter organizado e presidido o Fórum Internacional de Câncer do Reto, em novembro de 2007, em São Paulo.

Ela é membro honorária da sociedade científica American Surgical Association e a primeira mulher a receber este título do American College of Surgeons. É reconhecida ainda pela European Surgical Association, Italian Surgical Association, American Society of Colon and Rectal Surgeons e Royal College of Surgeons of England.

*AE

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