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Ministério da Saúde diz que tem autonomia para decidir protocolos

Pleno.News - 25/05/2020 21h10

Brasil continuará mantendo orientação sobre hidroxicloroquina Foto: Reprodução

O Ministério da Saúde decidiu manter orientação para o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina para casos de Covid-19 mesmo após a Organização Mundial da Saúde suspender os testes clínicos como os medicamentos.

A declaração foi dada pela secretária de gestão em trabalho na saúde, Mayra Pinheiro.

– Estamos muito tranquilos e serenos em relação a nossa orientação. Ela segue uma orientação feita pelo Conselho Federal de Medicina que dá autonomia para que os médicos possam prescrever essa medicação para os pacientes que assim desejarem. Isso é o que vamos repetir diariamente. Estamos muito tranquilos a respeito de qualquer entidade internacional cancelar seus estudos com a medicação, estudos de segurança – afirmou.

Mais cedo, a OMS informou que suspenderá os estudos com a hidroxicloroquina e reavaliar sua segurança antes de retomá-los.

Nos últimos dois meses, a organização vinha coordenando em 18 países o estudo internacional Solidarity para avaliar a segurança e a eficácia de diferentes drogas no combate ao coronavírus: além de hidroxicloroquina, estão sendo testados cloroquina, remdesivir, lopinavir com ritonavir e esses dois medicamentos associados com interferon beta-1a.

Na última sexta, porém, a revista científica inglesa The Lancet publicou pesquisa feita com dados de 96 mil pessoas internadas com Covid-19 em 671 hospitais de seis continentes que aponta que o uso de hidroxicloroquina e cloroquina estava ligado a maior risco de arritmia e de morte em comparação com pacientes que não usaram os medicamentos.

Pinheiro disse que o ministério acompanha outros estudos em andamento. Segundo ela, os resultados citados pela OMS não são suficientes para que o ministério reveja sua posição.

– Não se trata de ensaio clínico, é um banco de dados coletado de vários países. Isso não entra como critério de estudo metodologicamente aceitável para servir como referência a nenhum país do mundo – declarou.

*Folhapress

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