Brasil decide por não assinar declaração contra Rússia
Setenta e seis países assinaram um documento que exige a retirada imediata das tropas russas do território ucraniano
Leiliane Lopes - 31/03/2023 19h25 | atualizado em 03/04/2023 16h31

A Cúpula da Democracia apresentou uma declaração que condena a Rússia pela guerra na Ucrânia e pede a retirada imediata das tropas russas do território ucraniano.
O documento foi assinado por 76 países, mas o Brasil decidiu não assinar. O evento virtual para endossar o documento aconteceu nesta quarta-feira (29) e o governo brasileiro enviou um representante, uma vez que o presidente Lula estava com viagem programada para China, antes de adoecer por pneumonia.
A carta enviada pelo petista, porém, faz defesa à democracia, desigualdade social, inclusão de minorias, mas não condena os ataques feitos pela Rússia contra a Ucrânia.
A guerra completou um ano em fevereiro, deixando mais de 100 mil soldados ucranianos mortos e mais de 30 mil civis mortos.
A Cúpula da Democracia é formada por mais de 100 países. Juntos, eles tentam isolar a Rússia e a China em nome do combate ao autoritarismo e a corrupção.
O documento assinado exige a “imediata, completa e incondicional” retirada dos soldados russos da Ucrânia.
– Pedimos às partes no conflito armado que cumpram suas obrigações sob o direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário (…). Apoiamos fortemente a responsabilização pelos crimes mais graves sob o direito internacional cometidos no território da Ucrânia por meio de investigações e processos apropriados, justos e independentes ao nível nacional ou internacional, e para garantir justiça para todas as vítimas e a prevenção de crimes futuros – diz trecho do documento que não recebeu apoio do governo brasileiro.
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