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Jade Nunes - 29/06/2019 10h34 | atualizado em 29/06/2019 14h47

Presidente Jair Bolsonaro Foto: Carolina Antunes/PR

O presidente Jair Bolsonaro disse ser “uma pena” que a prisão do segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos, que carregava 39 kg de cocaína, tenha sido na Espanha e não na Indonésia, onde os condenados por tráfico de drogas são executados.

– Uma pena que não foi na Indonésia, eu acho que ele ia ter o destino do Archer – disse Bolsonaro, numa referência ao brasileiro Marco Archer, executado no país asiático em 2015, após ter sido condenado à morte por tráfico de drogas.

O sargento foi preso em Sevilha, na quarta-feira (26). Ele fazia parte de uma tripulação que ficaria na cidade espanhola para esperar Bolsonaro voltar do Japão.

O presidente disse ainda que Rodrigues “traiu a confiança” da comitiva por levar drogas em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira).

Durante encontro do G20, em Osaka, Bolsonaro disse que está se mantendo informado sobre o caso. Ele afirmou ter pedido que a aeronáutica levante dados sobre a vida do sargento para averiguar sinais de enriquecimento.

Em mensagem em rede social, o presidente disse ser “inaceitável” o comportamento do militar.

A detenção do sargento se deu após ele deixar o avião, quando passava pelo controle aduaneiro do aeroporto, segundo a imprensa espanhola.

O jornal El País afirmou que Rodrigues levava um porta-terno e uma mala pequena com 37 pacotes sem camuflagem. Cada um continha pouco mais de 1 kg da droga.

Ele responderá por crime contra a saúde pública, tipo penal que engloba os casos de narcotráfico na Espanha. As autoridades do país apuram agora o destino da droga. Suspeita-se que o sargento faria a entrega para uma máfia dentro do país.

O vice-presidente Hamilton Mourão, que exerce interinamente as funções de Bolsonaro, chamou o sargento de “mula qualificada”.

– A legislação vai cumprir o seu papel. Esse elemento vai ser julgado por tráfico internacional de drogas e vai ter uma punição bem pesada – declarou.

Um inquérito policial militar foi aberto para apurar o episódio. A cúpula militar aventa que o sargento teria sido pago para levar a droga à Espanha para uma facção criminosa. Sevilha é porta conhecida para a entrada de droga na Europa.

*Folhapress

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