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Gabriela Doria - 01/11/2019 12h15 | atualizado em 01/11/2019 13h07

Presidente Jair Bolsonaro criticou atitude de Alberto Fernandéz Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta sexta-feira (1º) que não irá à posse de Alberto Fernández, eleito presidente da Argentina no domingo (27), mas negou qualquer retaliação de seu governo ao país vizinho.

– Torci pelo outro [Maurício Macri], né? Já que [Fernández] ganhou, vamos em frente. Não tem qualquer retaliação da minha parte. Da minha parte não tem qualquer retaliação neste sentido, e espero que eles continuem fazendo uma política conosco semelhante ao que o Macri fez até momento – disse ao sair do Palácio da Alvorada.

Questionado se iria à posse de Fernández, que assume o cargo no dia 10 de dezembro, Bolsonaro inicialmente hesitou, mas depois respondeu de forma contundente: “Não vou”, arrancando aplausos de apoiadores que o esperavam na porta da residência oficial da Presidência.

O mandatário brasileiro ainda não cumprimentou o kirchnerista, diferentemente de outros líderes da região, como o centro-direitista Sebastián Piñera, do Chile, aliado a Bolsonaro.

O presidente passou a falar de Argentina depois de dizer que a economia brasileira precisa se recuperar.

– Olha a Argentina na situação complicada em que se encontra. Nosso irmão do sul. Peço a Deus que dê tudo certo lá – afirmou.

Durante viagem ao Oriente Médio, Bolsonaro disse que não cumprimentaria o candidato peronista, responsável por derrotar o mandatário atual, Maurício Macri, em primeiro turno. Fernández venceu tendo como sua vice a ex-presidente e senadora Cristina Kirchner.

– Não pretendo parabenizá-lo. Agora não vamos nos indispor. Vamos esperar o tempo para ver qual a posição real dele na política. Porque ele vai assumir, vai tomar pé do que está acontecendo, e vamos ver qual linha que ele vai adotar – afirmou na segunda (28).

A vitória da chapa peronista colocou em xeque a relação entre Brasil e Argentina, em especial envolvendo o Mercosul.

Em julho, Fernández havia dito que reveria o acordo entre o bloco sul-americano e a União Europeia, caso o pacto representasse desindustrialização para o país.

Nos últimos dias, Bolsonaro descartou a possibilidade de o Brasil sair do Mercosul neste momento, mas criticou o argentino por ele ter manifestado seu apoio ao ex-presidente Lula.

Na terça (29), Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, fez uma provocação a Estanislao Fernández, filho do recém-eleito, ao compartilhar uma postagem que mostrava foto dele, posando com uma arma, e do argentino, que faz cosplay e se veste de drag queen, fantasiado como o protagonista do anime Pokémon.

A mensagem dizia: “Filho do presidente da Argentina/Filho do presidente do Brasil”. Eduardo acrescentou: “Obs: Isso não é um meme”.

*Folhapress

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