Bolsonaro: “Enem teve questão ideológica, mas está mudando”
Primeiro dia de provas abordou temas como racismo e povos indígenas
Monique Mello - 22/11/2021 13h54 | atualizado em 22/11/2021 14h21
Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro negou que o ministro da Educação Milton Ribeiro tenha interferido nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, conforme acusações.
Como embasamento, o presidente citou que houve questões “de ideologia” no Exame, mas que isso já está mudando.
– Tão (sic) acusando o Milton de ter interferido na elaboração das provas. Se ele tivesse essa capacidade, não teria nenhuma questão de ideologia neste Enem que teve agora. Você é obrigado a aproveitar banco de dados de anos anteriores – apontou.
População indígena, racismo, e até mesmo a música Admirável Gado Novo, do cantor Zé Ramalho, foram alguns temas que surgiram nas questões do primeiro dia do Enem, neste domingo (21).
Bolsonaro também falou sobre linguagem, citando indiretamente uma questão do exame de 2018. Quando acabara de ser eleito presidente da República, Bolsonaro criticou uma pergunta que trazia pajubá como “dialeto secreto” entre gays e travestis.
– Vocês não viram mais a linguagem de tal tipo de gente, de tal perfil… Não existe isso aí. O que cara faz dentro das 4 paredes é problema dele. Agora não tem mais aquilo, a linguagem neutra de não sei o que, não tem mais – declarou.
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