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Bolsonaro diz que não tomará vacina chinesa por ‘descrédito’

Presidente cancelou compra da CoronaVac

Pleno.News - 22/10/2020 10h45 | atualizado em 22/10/2020 11h49

Presidente Jair Bolsonaro disse que vacina chinesa não tem credibilidade Foto: PR/Carolina Antunes

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quarta-feira (21) que sua decisão de cancelar o protocolo de intenção de compra da vacina chinesa CoronaVac foi motivada por uma questão de “credibilidade” e “confiança”. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o mandatário citou que a China tem um “descrédito muito grande” por parte da população e que existem outras vacinas mais confiáveis, que, contudo, ainda precisam de uma comprovação científica.

– A da China lamentavelmente já existe um descrédito muito grande por parte da população. Até porque, como muito dizem, este vírus teria nascido lá. Eu não tomo a vacina. Não interessa se tem uma ordem, seja de quem for, aqui no Brasil para tomar a vacina. Eu não vou tomar a vacina – disse.

Questionado se compraria um imunizante de origem chinesa que tivesse o certificado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Bolsonaro foi enfático.

– Da China, não compraremos. Não acredito que ela transmita segurança para a população pela sua origem. Esse é o pensamento nosso – afirmou.

O presidente comentou que o Brasil mantém “grande comércio” com a China, mas que em alguns pontos os dois países podem não estar totalmente alinhados.

O chefe do Executivo também afirmou que sua relação com o ministro Eduardo Pazuello, da Saúde, segue “sem problema nenhum”, mas destacou que o ministro tomou uma decisão precipitada.

– Eu sou militar, o Pazuello também o é. Nós sabemos que quando um chefe decide, o subordinado cumpre. Ele, no meu entender, houve certa precipitação em assinar esse protocolo porque uma decisão tão importante eu devia ser informado – disse.

O protocolo de intenções para a aquisição de doses da CoronaVac foi assinado pelo Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, do Estado de São Paulo, na terça-feira (20). Ontem, um dia depois, Bolsonaro falou que não iria comprar o imunizante e mandou cancelar o protocolo.

Bolsonaro garantiu ainda que o militar seguirá no cargo de ministro.

– Conversei agora há pouco por zap com Pazuello, sem problema nenhum, meu amigo de muito tempo, ele continuará ministro. Ouso dizer que é um dos melhores ministros da Saúde que o Brasil já teve nos últimos anos – declarou.

O presidente reforçou seu posicionamento de uma possível vacina ser opcional. Ele voltou a criticar como “autoritária” a defesa do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de que a imunização seja obrigatória. Ele também opinou que a competência de decidir sobre a obrigatoriedade ou não da vacina deve ficar com o governo federal e não com Estados e municípios.

– Tudo tem um limite e tenho certeza que o Poder Judiciário não vai se manifestar nessa situação. Tenho conversado com muita gente em Brasília que diz para mim que não tomaria a vacina chinesa porque não tem confiança na mesma – finalizou.

*Estadão

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