Bolsonaro diz a senadores da CPI da Covid: “Não encham o saco”
Presidente defendeu o tratamento precoce em publicação nas redes sociais
Pleno.News - 07/05/2021 12h20 | atualizado em 07/05/2021 15h34

O presidente Jair Bolsonaro mandou um recado hoje à CPI da Covid: “Não encha o saco”.
Em publicação no Facebook na manhã desta sexta-feira (7), Bolsonaro defendeu o tratamento precoce, que inclui medicamentos como cloroquina e ivermectina e que foi um dos pontos mais questionados pelos senadores na primeira semana da CPI, ao colher os depoimentos de ex-ministros da Saúde e do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga.
– Uns médicos receitam Cloroquina, outros a Ivermectina, e o terceiro grupo (o do Mandetta), manda o infectado ir para casa e só procurar um hospital quando sentir falta de ar (para ser intubado). Portanto, você é livre para escolher, com o seu médico, qual a melhor maneira de se tratar. Escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, tá ok? – – escreveu Bolsonaro.
Na noite de quinta-feira (6), em transmissão semanal nas suas redes sociais, Bolsonaro reclamou que o colegiado da CPI “bateu muito” em Queiroga.
– Cloroquina, cloroquina, cloroquina, o tempo todo cloroquina. “Ah, o presidente falou”… – analisou o chefe do Executivo.
Bolsonaro ainda falou em usar a máquina do governo federal para investigar o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, que tem se mostrado forte crítico ao Planalto.
Na primeira semana de depoimentos, a CPI ouviu os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, e o atual, Queiroga. Os dois primeiros relataram que sofreram pressão de Bolsonaro para que o Ministério da Saúde defendesse o tratamento precoce, com destaque para cloroquina.
Já Queiroga irritou os senadores ao evitar dizer se concorda ou não com a defesa que Bolsonaro faz do medicamento. Queiroga insistiu que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec) ainda vai decidir sobre o uso da droga antimalárica contra a Covid-19 e disse preferir se manifestar nesse momento, se for preciso.
*Estadão
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