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Bolsonaro deve ser convidado de honra da Índia em janeiro

Primeiro-ministro fez convite para o presidente brasileiro visitar o país

Gabriela Doria - 04/11/2019 15h08 | atualizado em 04/11/2019 15h40

Jair Bolsonaro e o primeiro- ministro da Índia, Narenda Modi Foto: PR/Alan Santos

Jair Bolsonaro deve aceitar o convite feito pelo primeiro-ministro Narendra Modi para visitar a Índia no final de janeiro, segundo fontes do governo.

A intenção é que o presidente brasileiro seja o convidado de honra para as celebrações do Dia da República da Índia, em 26 de janeiro, quando é comemorada a entrada em vigor da Constituição indiana.

A mudança, em 1950, marca a transição completa do país para uma democracia após a independência da Grã-Bretanha, em 1947.

Os últimos líderes brasileiros a receberem esse convite foram os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, em 2004, e Fernando Henrique Cardoso, em 1996.

Modi e Bolsonaro, alinhados em suas políticas nacionalistas e pró-mercado, se encontrarão nos dias 13 e 14 de novembro em Brasília, durante a cúpula dos Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O presidente brasileiro e o premiê indiano também estavam entre os poucos líderes mundiais que participaram do Fórum de Investimentos da Arábia Saudita, o chamado “Davos no deserto”, em Riad, promovido na semana passada pelo príncipe regente Mohammed bin Salman, acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.

Antes, Bolsonaro foi à China, onde anunciou isenção de vistos para chineses e indianos viajarem ao Brasil, uma forma de estimular a integração e os negócios entre os países.

A visita à Índia, caso se concretize, será um sinal importante para a política externa brasileira, que de início apostava todas as fichas no alinhamento com os Estados Unidos, de Donald Trump.

Apesar de a política Sul-Sul dos governos petistas já ter sido ultrapassada, a recente vista à China e a possibilidade de ir à Índia mostram que o país continuará dando muita importância a esses parceiros.

Brasil e Índia têm acordo de preferências tarifárias ainda limitado a poucos produtos, e os países disputam algumas questões comerciais: o Brasil contestou, na abertura de um painel na Organização Mundial de Comércio, as medidas indianas de proteção ao açúcar, por exemplo.

Também na OMC, o Brasil se alinhou aos EUA para acabar com o status de Tratamento Especial e Diferenciado de alguns países, enquanto a Índia se opõe veementemente à manobra.

O atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco dos Brics, é o indiano K.V. Kamath, e o próximo será um brasileiro. O Brasil abrirá um escritório da instituição em São Paulo.

*Patrícia Campos Mello/Folhapress

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