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Durante a cerimônia, presidente disse que fez 'o possível e o impossível' para evitar mortes por Covid-19

Henrique Gimenes - 06/08/2020 20h20 | atualizado em 06/08/2020 20h34

Presidente Jair Bolsonaro assina MP para compra das vacinas de Oxford contra Covid-19 Foto: Carolina Antunes/PR

Nesta quinta-feira (6), ao assinar medida provisória que destina R$ 1,9 bilhão para a compra da vacina contra o coronavírus que está sendo testada pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, Bolsonaro defendeu o uso da hidroxicloroquina e disse que fez “o possível e o impossível” para salvar vidas.

– Estamos com a consciência tranquila. Não existia, naquela época, como não existe, uma vacina, não existia medicamento, apenas a promessa, no primeiro momento, da hidroxicloroquina, depois outras coisas apareceram. Junto com os meios que nós temos, temos como realmente dizer que fizemos o possível e o impossível para salvar vidas ao contrário daqueles que teimam em continuar na oposição, desde 2018 – disse o presidente.

A Cerimônia de assinatura da MP foi fechada à imprensa, mas transmitida pela TV pública.

Logo no início da pandemia, Bolsonaro determinou que laboratórios do Exército produzissem o medicamento. À época, o ministro da Saúde era Luiz Henrique Mandetta, que foi novamente criticado nesta quinta pelo chefe do Executivo, que disse que seu ex-ministro “virou comentarista da Globo por várias e várias semanas”.

– Tínhamos um protocolo do ministro primeiro da Saúde que mandava aplicar apenas em estado grave a hidroxicloroquina. É jogar comprimido fora. Não precisa ter conhecimento nem cérebro para entender que é jogar comprimido fora e perder vidas – disse Bolsonaro.

O presidente voltou a elogiar o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello e disse que o ministério é “para ser educado, complicado” e que “não temos facilidade de encontrar um médico gestor”.

Bolsonaro também voltou a falar sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu que cabia a prefeitos e governadores definir sobre quando reabrir o comércio pelo país.

– Eu fui cerceado, o meu governo, na possibilidade de discutir este assunto pelo nosso aqui, à minha esquerda, Supremo Tribunal Federal. A nós coube apenas, praticamente, fornecer meios e recursos para estados e municípios – destacou.

Bolsonaro disse que “talvez em dezembro, janeiro, exista a possibilidade da vacina e daí este problema estará vencido poucas semanas depois”.

Ele ainda aproveitou a oportunidade para alfinetar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu virtual oponente na eleição presidencial de 2022.

O estado de São Paulo fez acordo com a chinesa Sinovac para testar uma vacina contra Covid-19.

– E o que é mais importante nesta vacina, diferente daquela outra que um governador resolveu acertar com outro país: vem a tecnologia para nós – disse Bolsonaro.

Participou da cerimônia de assinatura da medida provisória o ministro interino da pasta Eduardo Pazuello, que ressaltou a importância de garantir 100 milhões de doses da vacina para a população.

– Com a assinatura estamos garantindo a aplicação de recursos em uma vacina que tem se mostrado a mais promissora do mundo. O investimento é significativo, não só o seu valor de quase R$2 bilhões de reais, mas aponta também para a busca de soluções que permita ao Brasil desenvolver tecnologia para a proteção dos brasileiros – destacou.

A maior parte da verba, R$ 1,3 bilhão, é para pagamentos à AstraZeneca, a serem previstos no contrato de encomenda tecnológica. Outros R$ 522,1 milhões serão para despesas necessárias ao processamento final da vacina por Bio-Manguinhos/Fiocruz e mais R$ 95,6 milhões destinados a investimentos para absorção da tecnologia de produção pela Fiocruz.

A Fiocruz e a AstraZeneca assinaram no dia 31 de julho o documento que dará base para o acordo entre os laboratórios para a transferência de tecnologia e produção de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, caso se comprovem a eficácia e a segurança.

Em uma segunda fase, caso a vacina se mostre eficaz e segura, será ampliada a compra.

A previsão para início da produção da vacina no Brasil é a partir de dezembro deste ano. Ela será distribuída pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), que atende o Sistema Único de Saúde (SUS).

*Folhapress

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