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Bolsa Família: CGU aponta fraudes em 345 mil cadastros

Levantamento aponta que famílias teriam recebido do programa após terem declarado renda menor

Henrique Gimenes - 04/01/2018 16h43 | atualizado em 04/01/2018 16h56

 

CGU encontra irregularidades em cadastros do Bolsa Família Foto: Agência Senado/Jefferson Rudy

Auditoria feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) em dados do Bolsa Família, divulgada nesta quinta-feira (4), encontrou indícios de que 345.906 famílias teriam recebido recursos do programa social após terem omitido ou falsificado informações sobre sua renda no cadastro. De acordo com a CGU, o governo teria depositado, num período de dois anos, até R$ 1,4 bilhão para quem não tinha direito.

O número de famílias nessas condições representa 2,5% do total de beneficiados do programa, que chega a 13.904.758 de cadastros. Do número encontrado com indícios de fraude, 86% delas teria declarado a renda entre meio e um salário mínimo, menor do que realmente ganha.

Alguns dos cadastros encontrados na auditoria teriam renda de mais de R$ 1.900 por pessoa. Também foram identificadas famílias com carros de luxo e imóvel próprio cadastradas no programa, e também funcionários públicos.

O levantamento da Controladoria-Geral da União foi feito entre os anos de 2016 e 2017. Além das 345.906 famílias com omissão na renda, outras 2,212 milhões com indícios de inconsistência cadastral teriam recebido benefícios do programa.

O Programa Bolsa Família foi criado em 2003 e tem a intenção de beneficiar pessoas em condição de extrema pobreza. Para se ter direito ao benefício, a família precisa ter renda de no máximo R$ 170 por pessoa.

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