Leia também:
X CPI: Barros processará senadores que votarem a favor do relatório

Barroso sobre CPI: Acusações são ‘mais políticas do que jurídicas’

Ministro afirmou que indiciamento é decidido pelo Ministério Público

Gabriela Doria - 20/10/2021 15h06 | atualizado em 20/10/2021 15h51

Ministro Luís Roberto Barroso minimizou indiciamentos propostos por CPI Foto: STF/Carlos Moura

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que as sugestões de indiciamento em um relatório de Comissão Parlamentar de Inquérito, como a CPI da Covid, por exemplo, têm alcance limitado. Para o ministro, os indiciamentos têm um viés mais político do que jurídico.

A declaração de Barroso surge no momento em que o senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid, apresenta o relatório final do colegiado. Ele propõe o indiciamento de 66 pessoas físicas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, e mais duas empresas que teriam participado de irregularidades.

O presidente Jair Bolsonaro foi indiciado em 10 crimes.

– O Ministério Público não estará vinculado a esta tipificação. O Ministério Público deverá trabalhar com os fatos que foram apurados, e podem dar, os ministérios públicos, diferente qualificação a esses fatos ou até considerá-los atípicos – afirmou Barroso ao site Uol.

Ainda segundo o ministro, o indiciamento em uma CPI “não interfere no juízo do MP”.

– Colocar ou não um rol de crimes no relatório é uma decisão política. Não é incomum que seja feito, mas a implicação jurídica é bem reduzida, porque não interfere no juízo que o Ministério Público fará dos fatos que foram apurados – avaliou.

Leia também1 Líder do governo afirma que não houve ato "doloso" do presidente
2 Ricardo Barros afirma que irá processar Renan Calheiros e Aziz
3 Com gargalhada, Flávio imita reação de Bolsonaro ao relatório da CPI
4 Jair Bolsonaro volta a criticar a CPI: "Produziram ódio e rancor"
5 Barroso exalta STF na pandemia: “Salvamos muitas vidas”

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.