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"Liberdade de opinião" foi o principal tema do debate

Monique Mello - 05/10/2021 18h13 | atualizado em 06/10/2021 14h55

Cristina Padiglione e Augusto Nunes Foto: Reprodução/Jovem Pan

O programa Direto ao Ponto, da rádio Jovem Pan, contou com a participação de Alexandre Garcia nesta segunda-feira (4). Na bancada de jornalistas, além dos da casa, estavam a colunista da Folha de S.Paulo Cristina Padiglione e Cristyan Costa, da Revista Oeste.

Quando abordada a pauta de liberdade de opinião, motivo que levou à saída de Alexandre Garcia da CNN Brasil, o veterano e Augusto Nunes compartilharam que, em sua época, “todos eram contra a censura”.

– Agora, a maioria é a favor da censura. Prendem pessoas por opinião. Tivemos jornalista preso por isso, presidente de partido, deputado federal preso por opinião, líderes de caminhoneiro […] E está todo mundo silencioso, inclusive a OAB – disse Garcia.

Cristina Padiglione questionou o fato de que “opiniões esbarram no direito do outro”, citando exemplo de “deputados que ameaçam juízes”.

– Não existe opinião propriamente dita, mas uma opinião com ameaça embutida – disparou Padiglione à fala de Garcia.

Nunes interveio elucidando que fascismo e comunismo são ditaduras.

– Digamos que o sujeito defenda o fascismo. Ele pode, ele pode defender [isso] da mesma forma que o Partido Comunista pode defender o comunismo. Aí você pega e acusa alguém de fascista e [o] estigmatiza. No comunismo, o sujeito quer a ditadura do proletariado. Está escrito no programa; ele diz isso. Mas aí não é ameaça à democracia. Esse é que é o problema – disse

– Está escrito ali que não existe crime comprometido com palavras. Está escrito na Constituição. Ignoram essa verdade eterna países como Cuba, Venezuela. Você não tem crítica nenhuma a esses países por parte dos que acham que é possível prender alguém por crime de pensamento. Não existe o crime de pensamento, não existe. Esta é uma verdade absoluta. Não existe – afirmou Nunes.

Ao final, o jornalista questiona à colunista sobre como os jornalistas justificam o “convívio dos contrários”, gerando um silêncio de oito segundos no estúdio.

– Eu posso dizer o que quero, e você pode retrucar dizendo o contrário no mesmo tom, e ponto final. É o convívio dos contrários. Como é que você acha que os jornalistas justificam isso? […] É isso aí! Não sabemos – encerrou.

Alguns veículos de imprensa divulgaram as falas de Nunes como uma “defesa ao direito de ser fascista”.

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