Ator Sandro Rocha expõe Wagner Moura e sua agenda
Ator de Tropa de Elite participou do Pleno Time desta quarta-feira
Monique Mello - 15/10/2025 16h31 | atualizado em 15/10/2025 17h03

O ator Sandro Rocha, conhecido pelo papel do policial corrupto Major Rocha em Tropa de Elite, expôs a agenda a que Wagner Moura se propõe no exercício do seu ofício de atuar. As declarações foram durante entrevista ao Pleno Time desta quarta-feira (15).
Sandro disse que nunca havia rebatido um artista por sua posição política até o momento em que Wagner Moura lançou o filme Marighela, em 2019.
– Até o episódio Marighela eu não tinha feito nenhum vídeo para fazer um contraponto sobre qualquer aspecto a colegas de profissão. Jamais. Porque todo mundo é livre para escolher – disse.
– Eu acredito muito na liberdade individual, que a pessoa possa optar pelo viés político que ela quiser. Isso pouco me interessa. Mas quando ele [Wagner Moura] dá uma declaração dizendo que Marighela era um instrumento que seria usado politicamente, aí eu me senti no direito de fazer um contraponto – continuou.
Para Sandro, “a esquerda tem uma incidência muito grande no Brasil e ela tem calado as pessoas muito pela base do medo”.
Sandro voltou ao foco da mídia após viralizar com um vídeo de react a uma entrevista de Wagner Moura. Em entrevista ao portal Metrópoles, Moura que representou o icônico Capitão Nascimento citou como obras imperdíveis os filmes Bye Bye Brasil (1979), Terra Estrangeira (1995) e Vidas Secas (1963).
Rocha, por sua vez, considerou que a seleção do artista deixou de fora produções fundamentais do cinema nacional por motivos ideológicos.
Ao Pleno.News, Rocha frisou que sua intenção não foi interferir numa escolha individual de Wagner Moura. Mas citou a problemática da espiral do silêncio.– O problema é o que se esconde atrás de uma espiral do silêncio, uma tentativa de roubar da população o senso comum. Então, a espiral do silêncio é caracterizada por isso: eu tenho uma opinião – que muitas vezes é absurda -, e como tem a massificação dessa opinião apoiada por uma imprensa, por uma mídia, eu coloco ela como se fosse verdade e fico dando uma espécie de cala-boca em todo mundo, para que a minha opinião passe a ser verdade a partir de então – elucidou.
Para ele, não citar Tropa de Elite é um erro, sobretudo tendo sido um marco na carreira de Moura.
– É impossível, principalmente para um ator como o Wagner, que todo mundo começou a se interessar pelo trabalho dele a partir de Tropa de Elite, não citar o filme. O filme é o mais visto da história do cinema nacional, com premiações internacionais, uma série de recomendações, assim como o Cidade de Deus – que é um clássico. Ocultar esses dois filmes não tem a ver com escolha individual, tem a ver porque eles acham que o filme é fascista. Esse é ponto – declarou.
Confira:
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