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Ataque a faca no Rio: “Eu teria atirado no cara”, diz Bolsonaro

Presidente comentou o crime durante entrevista para Leda Nagle

Gabriela Doria - 05/08/2019 15h04

Jair Bolsonaro é entrevistado por Leda Nagle Foto: Reprodução

Em entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle, no Youtube, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) comentou sobre as recentes declarações polêmicas que deu. Bolsonaro também aproveitou para defender mais liberdade sobre o porte de armas e usou como exemplo o esfaqueamento que deixou duas pessoas mortas no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio, no último dia 28.

– Se eu tivesse armado ali, teria atirado naquele cara. O próprio policial que chegou ali depois atirou na perna. Tinha que ter atirado no meio dele, pô. A gente vê de vez em quando o cara que leva tiro na perna e reage ainda. Você agindo dessa maneira e o policial tendo a garantia de que não vai ser preso, não vai responder processo, o bandido pensa duas vezes antes de fazer besteira – afirmou o presidente em entrevista à jornalista Leda Nagle que foi ao ar nesta segunda-feira (5).

Esta foi a segunda vez que Bolsonaro defendeu que fossem realizados disparos contra o morador de rua. Há uma semana, ele falou sobre o assunto em transmissão ao vivo nas redes sociais. Na ocasião, ele lamentou que não havia ninguém para atirar em Plácido Correa de Moura, de 44 anos.

– Um morador de rua esfaqueou duas pessoas no Rio de Janeiro. Agora, não tinha ninguém armado para dar um tiro nele? Mas tudo bem. Estava drogado? Viciado em drogas. Tem de buscar solução para as coisas, né? – questionou durante a transmissão.

Segundo informações da Polícia Civil, o morador abordou um automóvel e desferiu facadas no engenheiro João Napoli e no professor Marcelo Reis, que morreram.

Durante a entrevista para Leda Nagle, concedida na última sexta-feira (2) no Palácio do Planalto, o presidente defendeu a posse e o porte de arma de fogo e o excludente de ilicitude. Os dois temas são bandeiras antigas de Bolsonaro desde os tempos de deputado federal.

– Mas a partir do momento que eu entro no excludente de ilicitude ao defender a minha a vida ou a de terceiros, a minha propriedade ou de terceiros, o meu patrimônio ou de terceiros, a violência cai assustadoramente. Os caras vão morrer na rua igual barata, pô, e tem que ser assim – disse.

O presidente também comentou sobre a polêmica envolvendo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, e seu pai, Fernando Santa Cruz, militante político desaparecido na ditadura.

– E ele [Fernando] veio para o Rio de Janeiro, as informações que eu tive na época. Veio para o Rio de Janeiro e o pessoal da Ação Popular daqui não gostou de uma pessoa vir para o Rio sem ser do primeiro escalão e sem ter o positivo deles lá. Então, eles não confiavam nele. E daí, o meu entendimento, pelo o que eu ouvi, foi que o pai dele foi justiçado como tantos outros – apontou Bolsonaro.

Questionado sobre a reeleição em 2022, Bolsonaro disse que não pode trabalhar pensando no novo pleito.

– Se eu me preocupar com reeleição, acabo atendendo todo mundo, sendo bonzinho, não vou falar nunca a palavra ‘não’. O que mais tenho falado é a palavra ‘não’. Temos que preservar o orçamento, democracia, liberdade, se preocupar com quem quer nos atingir pela luta do poder – afirmou.

*Folhapress

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