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Associação de caminhoneiros pede liberação de estradas

Abcam se mostrou preocupada com a segurança dos manifestantes

Henrique Gimenes - 25/05/2018 18h10

Associação de caminhoneiros pede liberação das rodovias Foto: Agência Brasil/Tânia Rêgo

Nesta sexta-feira (25), a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) emitiu um comunicado em que pede a liberação das rodovias. A medida acontece após o presidente Michel Temer determinar o acionamento das Forças Federais para desbloquear as estradas.

Segundo a associação, o pedido acontece devido à preocupação “com a segurança dos caminhoneiros envolvidos”. Lembra ainda que conseguiu “parar 25 estados brasileiros com mais de 504 interdições”.

O protesto dos caminhoneiros tem por objetivo conseguir a redução do preço do diesel. Com os bloqueios, houve desbastecimento de combustível e alimentos em diversos estados do país. O governo federal chegou a anunciar uma proposta de acordo na noite desta quinta-feira (24).

A Abcam classifica que “a culpa do caos que o país se encontra hoje é reflexo de uma manifestação tardia do presidente Michel Temer, que esperou cinco dias de paralisações intensas da categoria. Estamos desde outubro do ano passado na expectativa de sermos ouvidos pelo Governo. Emitimos novo alerta no dia 14 de maio, uma semana antes de iniciarmos os protestos”.

Veja o comunicado:

Após o pronunciamento do presidente da República, Michel Temer, no início da tarde desta sexta-feira, 25, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros – Abcam, preocupada com a segurança dos caminhoneiros envolvidos, vem publicamente pedir que retirem as interdições nas rodovias, mas, mantendo as manifestações de forma pacífica, sem obstrução das vias.

Já mostramos a nossa força ao Governo, que nos intitularam como minoria. Conseguimos parar 25 estados brasileiros com mais de 504 interdições.

Vale lembrar que a Abcam continua sem assinar qualquer acordo com o Governo e mantém o pedido de retirada do PIS/Cofins sobre o óleo diesel.

A culpa do caos que o país se encontra hoje é reflexo de uma manifestação tardia do presidente Michel Temer, que esperou cinco dias de paralisações intensas da categoria. Estamos desde outubro do ano passado na expectativa de sermos ouvidos pelo Governo. Emitimos novo alerta no dia 14 de maio, uma semana antes de iniciarmos os protestos.

É lamentável saber que mesmo após tanto atraso, o presidente da República preferiu ameaçar os caminhoneiros por meio do uso das forças de segurança ao invés de atender às necessidades da categoria.

Sendo assim, nos resta pedir a todos os companheiros que desobstruam as rodovias e respeitem o decreto presidencial.

JOSÉ DA FONSECA LOPES
Presidente da ABCAM

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