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Artistas pensam em moeda com perfil de Bolsonaro

Proposta traria obras não-circulantes feitas de ouro e prata

Ana Luiza Menezes - 31/01/2019 16h49 | atualizado em 31/01/2019 18h20

Modelo de moeda de ouro Foto: Reprodução

O blog de Felipe Branco Cruz, no portal UOL, comentou a possibilidade de uma moeda comemorativa pelos 200 anos de Independência do Brasil, em 2022, ter o perfil do atual presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, ele explicou razões pelas quais os criadores da proposta não veem chance te obter aprovação do governo.

Os numismatas paranaenses Emerson Pippi, responsável pela concepção, e Adriano Massa, da arte, imaginaram como seria uma moeda comemorativa. Eles se basearam em obras anteriores, como as moedas de réis em 1922 (100 anos da Independência), com Epitácio Pessoa, e em 1972 (150 anos da Independência), com perfil de Emílio Garrastazu Médici.

– A imagem do presidente nestas moedas comemorativas representa a instituição e não a pessoa. Quem quer que seja o presidente em 2022 teria o seu o rosto ali, ao lado de D. Pedro 1º, seguindo a tradição numismática. Este é um ensaio de moedas comemorativas e não uma rinha política – comentou Pippi.

Porém, apesar de a ideia ter sido apresentada à Casa da Moeda do Brasil, ela pode esbarrar no artigo 37, §1°, da Constituição Federal. O texto afirma que a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

A proibição de promoção pessoal aconteceu apenas em 1988, por isso, antes disso, nomes como Getúlio Vargas, Eurico Gaspar Dutra e Emílio Garrastazu Médici, entre outros, foram homenageados nas moedas. Além disso, Cruz acredita que nos tempos atuais, de polarização política, uma proposta envolvendo a imagem de Bolsonaro apresenta grande risco de controvérsias.

– Eu simpatizo com essa lei e outras diretrizes nesse sentido. A moeda não pode ter rejeição da população. Imaginem o vandalismo que fariam com moedas que tivessem saído com as efígies de Lula ou Dilma. Por isso, somente após a morte. O período de quarentena é para que seja analisado o legado do defunto – avaliou Emerson.

Moeda comemorativa de prata Foto: Reprodução

Pippi e Massa ressaltaram que suas moedas seriam comemorativas e não-circulantes. Uma seria de prata, com valor de face de R$ 20, e a outra de ouro, com valor de face de R$ 200. Além das imagens de D. Pedro 1º e Bolsonaro, a proposta teria no reverso o mapa do Brasil com a Bandeira e um verso do Hino Nacional.

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