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Arolde de Oliveira completa 83 anos e recebe homenagens

Senador tem mais de 30 anos de carreira política, trajetória na ciência e no empreendedorismo

Camille Dornelles e Virgínia Martin - 11/03/2020 15h35 | atualizado em 11/03/2020 15h38

O senador Arolde de Oliveira completa 83 anos nesta quarta-feira (11) e recebeu diversas homenagens de colegas do Congresso e familiares. Em meio a elas, passou o aniversário trabalhando em Brasília.

Com mais de 30 anos na política, Arolde cumpriu nove mandatos como deputado federal e atualmente seu primeiro como senador da República. Foi um dos responsáveis pela entrada do sistema de comunicação por celulares no Brasil, pela redação de muitos textos da Constituição de 1988, com inclusão de capítulo sobre comunicação e liberdade de imprensa.

Sua esposa Yvelise de Oliveira, com quem está casado há 59 anos, fez uma linda declaração de amor ao marido pela data.

– Parabéns, meu amor! O aniversário é seu, mas o presente é meu que tenho você na minha vida! Que Deus multiplique seus anos e te dê muita saúde e paz. Te amo para sempre! – desejou.

Arolde e Yvelise de Oliveira celebraram 59 anos de casados em dezembro de 2019 Foto: Divulgação

O senador Flávio Arns (Rede-PR), o deputado federal Hugo Leal (PSB-MG) e a deputada estadual Rosane Félix (PSD-RJ) foram alguns dos que publicaram mensagens o parabenizando nas redes sociais.

Em entrevista ao Pleno.News, Arolde de Oliveira conta um pouco sobre sua história de vida, fé cristã e realizações como empreendedor, político e cientista.

No que sua infância mais influenciou para que o senhor se tornasse quem é hoje?
Eu vim de uma família pobre. Mas meu pai nos estimulava a estudar e a trabalhar. Desde pequeno, eu inventava o que fazer. Eu via oportunidades. Certa vez, combinei com os vizinhos sobre fornecer ovos e legumes frescos para eles. Eu entregava e ganhava meu dinheirinho. E ainda comprava picolé para meus amigos. Eu era muito feliz. Também trabalhei como engraxate. Minha cidade, São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, era forrada de terra vermelha e engraxar sapatos era quase fundamental. Um dos comerciantes locais me ajudou e investiu na compra do meu material de trabalho. Com o lucro, ainda devolvi o dinheiro do investimento para ele. Costumo dizer que eu era o menino pobre mais rico da cidade. Eu ganhava tanto que ajudava os outros. Até que um dia, um vizinho alemão passou a desconfiar de mim, achando que eu roubava de alguém para ter aquele dinheiro. Ele fez uma auditoria na minha vida e descobriu que eu tinha minhas próprias fontes de trabalho. Passou a me ver como exemplo. Creio que tudo isso me preparou para a vida que eu conquistaria.

Após nove mandatos como parlamentar, o que considera como seu maior marco na Câmara?
Foi a Assembleia Constituinte, dado o meu conhecimento na área de telecomunicações. Fui presidente de uma das subcomissões da Constituinte e considero importante ter contribuído com os textos. Fiz mais de 100 propostas e 25% delas foram introduzidas na Constituição. Esta foi a minha maior realização. Na Constituinte, me realizei como parlamentar. Afinal, eu vinha de uma história como engenheiro, técnico, cientista, mas a Constituinte me transformou completamente. E eu me apaixonei pela política, que faço com amor e carinho. Outro marco foi a privatização das telecomunicações no país, que garante hoje que mais de 220 milhões de brasileiros tenham comunicação via celular.

Então, o senhor foi um dos principais responsáveis pela utilização do celular pela população brasileira?
Foi difícil, mas foi feito. Na época de luta pela privatização das telecomunicações, o grupo da esquerda não queria que o telefone celular fosse considerado serviço público de telecomunicações. Eu defendia que não existe serviço mais público de telecomunicações do que celular. Afinal, está no bolso do cidadão. Então, fizemos a lei que abriu o setor para a privatização e que permitiu abrir faixas de comunicação para o celular de forma privada. A esquerda acabou perdendo seus argumentos, já que a transição não apenas gerava milhares de empregos, como facilitava a comunicação entre as pessoas. Ainda na Constituinte, tivemos a oportunidade de criar um capítulo especial para a Comunicação Social, a partir do artigo 220, que fala sobre liberdade de imprensa, censura, propaganda comercial, regulamentação sobre faixa etária etc.

Fale sobre sua fé cristã.
Conheci o Evangelho de Cristo por meio das mensagens do pastor Nilson do Amaral Fanini, que conheci no curso da Escola Superior de Guerra. Passei a frequentar os cultos na Primeira Igreja Batista de Niterói (RJ). E viver segundo o Evangelho foi o marco mais importante em minha vida. Desde então, meu compromisso maior foi sempre com o Reino de Deus, tanto na vida pessoal, como nas instituições em que tive influência. Todos os projetos da MK Music, por exemplo, têm o compromisso, acima de tudo, com o Reino de Deus.

O senhor que defende tanto a família brasileira, como funciona a sua família?
Sei que um dos golpes mais fortes sobre a família é a perda de filhos. Nós, muito cedo, perdemos um filho com 6 meses. Era saudável, lindo, mas a vontade de Deus era outra. Minha esposa Yvelise era ainda adolescente. Tinha entre 16 e 17 anos, pois nos casamos muito cedo. Foi um golpe violento. Mas superamos, embora a dor nunca seja consolada. Você só se acostuma com ela. E mais recentemente, tivemos outra perda, em 2010. Aconteceu um acidente aéreo com meu filho e com meu genro, que era esposo da Marina, minha filha. E os dois morreram. Superar isso foi apenas pela fé. Foi um teste para mantermos a esperança. E a gente vai superando em Deus. A gente nasce do pó e volta ao pó. Hoje vivemos segundo a vontade soberana de Deus. A existência dos altos e baixos exercita o ser humano e fortalece seus propósitos. Principalmente quando temos um compromisso com Deus.

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