Araújo: “Bolsonaro deve visitar Argentina antes de julho”
Segundo chanceler, viagem pode acontecer antes da cúpula do Mercosul
Jade Nunes - 10/04/2019 10h32 | atualizado em 10/04/2019 12h58
O presidente Jair Bolsonaro pretende visitar à Argentina em breve, antes da realização da cúpula do Mercosul, prevista para julho, na cidade argentina de Santa Fé, segundo explicou, nesta terça-feira (9), o chanceler Ernesto Araújo.
– Tenho uma proposta de data para uma visita do presidente Bolsonaro que, se for aceita pelo presidente Mauricio Macri, aconteceria muito em breve – declarou Araújo em entrevista coletiva em Buenos Aires, onde se reunirá com o chanceler argentino, Jorge Faurie, nesta quarta-feira.
– Esperamos que seja em breve. O presidente Bolsonaro quer vir à Argentina para continuar o diálogo e a relação que iniciamos em janeiro, quando o presidente Macri esteve no Brasil – completou Araújo.
O chanceler destacou que a relação bilateral é “tão densa e tradicional”, que é “importante que as visitas presidenciais sejam frequentes”.
Araújo também teve tempo para defender a reforma da Previdência que, segundo sua opinião, gerará um “ciclo de crescimento virtuoso muito forte” no país, algo que “seguramente vai impactar muito positivamente a Argentina nos próximos meses”.
Por outro lado, acrescentou que uma recuperação da Argentina, imersa em recessão desde o ano passado, seria “fenomenal” para muitos setores no Brasil.
Araújo também se referiu às negociações no seio do Mercosul para baixar a tarifa externa comum, cuja “metodologia” de aplicação “está bastante avançada” nas conversas.
O chanceler brasileiro falou com a imprensa após ter dado uma conferência no Centro Argentino de Relações Internacionais (CARI), do qual foi nomeado membro nesta terça.
Diante de um auditório de diplomatas, Araújo dissertou sobre a visão de política externa do governo Bolsonaro e defendeu um “novo pacto” na relação com a Argentina e em dar um “renovado enfoque” à união aduaneira do Mercosul com certas flexibilidades.
*Com informações da Agência EFE
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