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Governador João Doria quer que atitude contra Aleksander de Lacerda vire "exemplo"

Pleno.News - 27/08/2021 17h26 | atualizado em 27/08/2021 18h50

Coronel Aleksander de Lacerda se tornou alvo de inquérito militar Foto: Divulgação/PMSP

O comando da PM de São Paulo foi obrigado a abrir Inquérito Policial-Militar (IPM), por força de requisição do Ministério Público Estadual (MPE), para apurar o comportamento do coronel Aleksander de Lacerda quatro dias após o Estadão publicar que ele convocava seus amigos a comparecer à manifestação de 7 de setembro, promovida por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

A punição exemplar do coronel se tornou um ponto de honra para o governador, que pretende tornar o caso um exemplo para a tropa. Em São Paulo, o ato de 7 de setembro acontecerá na avenida Paulista e deverá ter a presença de Bolsonaro.

O afastamento do coronel, porém, serviu para acirrar os ânimos contra o governador entre os adeptos do presidente, que consideram a ação contra o militar autoritária.

DORIA MANDA AFASTAR PM
Lacerda foi afastado na segunda-feira (23) por ordem do governador Doria. O Estadão apurou que a ideia inicial da Corregedoria da PM era fazer uma investigação “preliminar” depois de o coronel perder o Comando do Policiamento do Interior-7 (CPI-7) – no qual chefiava sete batalhões – e ser “encostado” no Estado-Maior Especial.

A intenção do comando esbarrou na reação da Promotoria do Tribunal de Justiça Militar e da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, que abriu inquérito civil para apurar eventual improbidade administrativa de Lacerda.

Além disso, o comando da corporação está sendo pressionado pela cúpula da Segurança Pública e por Doria para punir o coronel de forma rigorosa. O IPM apura possível infração do artigo 166 do Código Penal Militar, que é fazer crítica sem autorização a superior ou ao governo, delito que é punido com pena de 2 meses a um ano de prisão. Na esfera administrativa, a punição pode ser desde uma advertência até a expulsão.

*AE

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