Aluna de universidade federal acusa colegas de perseguição
Ela foi cuspida e agora aguarda um posicionamento da UFPel para ter sua segurança garantida
Leiliane Lopes - 20/10/2022 17h17 | atualizado em 20/10/2022 17h55
Uma aluna do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) denunciou nas redes sociais a perseguição política que tem sofrido por parte de seus colegas de sala por ser apoiadora do presidente Jair Bolsonaro.
A história de Vitória Calistro, 24 anos, ganhou repercussão nacional depois que ela apareceu em evento do candidato à reeleição com um cartaz em que ela informava o que estava passando na sala de aula.
– Sou estudante de Ciências Sociais na UFPel e sofro perseguição política. Estou aqui lutando pela minha liberdade e da minha família – dizia o cartão que viralizou.
A jovem revela que foi agredida por uma aluna que cuspiu onde ela estava. Além disso, os estudantes faziam comentários contra ela e evitavam fazer trabalhos em grupo com ela.
Com a divulgação do caso, Vitória passou a ser ainda mais perseguida pelos alunos e o caso foi parar na coordenação que fez uma reunião para pedir respeito, porém não resolveu a questão.
– Após o cartaz, comecei a receber ameaças me chamando de “facista, mentirosa”, que eu deveria levar um tiro, atacando o fato de eu ser cristã, que eu tinha que levar uma surra, sofrer as consequências de ter exposto a universidade e o curso – disse ela ao site Amigos de Pelotas.
Até o momento a estudante aguarda um posicionamento formal da UFPel sobre o caso. A aluna quer que sua integridade física e seus direitos sejam preservados.
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