Adélio Bispo diz a psiquiatras que vai matar Jair Bolsonaro
Laudo psicológico aponta que agressor tem doença mental e não pode ser punido criminalmente por ataque
Henrique Gimenes - 07/03/2019 14h52 | atualizado em 07/03/2019 17h08
Um laudo feito por peritos a pedido da Justiça Federal concluiu que Adélio Bispo de Oliveira, responsável por esfaquear o presidente Jair Bolsonaro em setembro de 2018, sofre de uma doença mental. Na época Bolsonaro ainda era candidato e realizava um ato de campanha em Minas Gerais. As informações foram dadas pela TV Globo.
Em outro ponto do laudo, durante entrevista com psicólogos e psiquiatras, o agressor de Bolsonaro disse que não concluiu sua missão e que pretende matar o presidente quando deixar a cadeia.
O documento, entregue à Justiça em fevereiro, também aponta que, por causa da doença, Adélio não pode ser punido criminalmente pelo atentado. De acordo com o texto, ele possui uma doença chamada de transtorno delirante permanente paranoide.
No dia 2 de outubro, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia contra Adélio por “praticar atentado pessoal por inconformismo político”. A denúncia já foi aceita pela Justiça Federal.
Ao portal G1, o procurador da República Marcelo Medina explicou que a perícia realizada pelos peritos indicados pela Justiça apresentou dois laudos, um psiquiátrico e um psicológico. Ambos apresentam divergências entre si. Ainda há um terceiro laudo que foi apresentado pela defesa de Adélio no ano passado.
O documento agora será utilizado em um procedimento da Justiça para investigar a sanidade mental de Adélio Bispo. Caso o juiz entenda que ele não pode ser punido criminalmente, o agressor de Jair Bolsonaro por ser levado para um manicômio judicial.
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