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3ª dose: SP e Rio são os únicos estados que usarão CoronaVac

Estados vão na contramão de orientação do Ministério da Saúde

Pleno.News - 04/09/2021 20h09

CoronaVac é menos eficaz como 3ª dose Foto: Divulgação/Instituto Butantan

Apesar de o Ministério da Saúde ter recomendado o uso das vacinas de Pfizer, AstraZeneca e Janssen como reforço na proteção contra a Covid-19, os estados do Rio de Janeiro e São Paulo incluíram a CoronaVac como uma opção para a dose extra. Especialistas criticam a decisão de usá-la como dose de reforço porque ela é menos eficaz, especialmente entre os idosos.

Em São Paulo, o início da aplicação da chamada terceira dose está marcado para a próxima segunda-feira (6). De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, foram distribuídas 380 mil doses e os municípios estão orientados a utilizar todas as vacinas disponíveis. O Ministério da Saúde programou para o dia 15 de setembro o início dessa nova fase da campanha e, portanto, só deve distribuir as doses da Pfizer na metade do mês.

Na capital paulista, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, também disse que entre os dias 6 e 15 de setembro a cidade aplicará “a vacina que estiver disponível na unidade” como reforço. Após o dia 15, com a chegada das doses que devem ser enviadas pelo Ministério da Saúde, o imunizante da Pfizer deve ser priorizado.

A nota técnica 27/2021 do Ministério da Saúde, que trata do assunto, diz que a dose de reforço deve ser aplicada em imunossuprimidos vacinados há 28 dias e em idosos acima de 70 anos vacinados há seis meses. Nesta etapa deve ser aplicada prioritariamente a vacina da Pfizer e, na falta dela, as vacinas da Janssen e da AstraZeneca.

No Rio de Janeiro, o estado pretende misturar as vacinas. Quem tomou duas doses de CoronaVac deve receber Pfizer, AstraZeneca ou Janssen como reforço. Aqueles que tomaram qualquer outra vacina contra a Covid podem receber uma injeção extra da CoronaVac. Já a cidade do Rio disse em nota que usará apenas Pfizer e AstraZeneca como reforço – a vacina da Janssen não está disponível no país neste momento.

Outros 20 estados e o Distrito Federal disseram que não vão usar a CoronaVac como dose de reforço. Acre, Amapá, Rondônia e Sergipe não se pronunciaram.

O infectologista Júlio Croda, pesquisador da Fiocruz e ex-membro do Centro de Contingência contra a covid de São Paulo, vê com bons olhos a combinação de vacinas, mas aponta que oferecer a CoronaVac como terceira dose para os idosos não é uma boa estratégia.

– A terceira dose com CoronaVac pode ser aplicada em profissionais da saúde jovens, mas não nos grupos de risco. Os idosos estão mais vulneráveis atualmente e continuarão assim se usarmos a CoronaVac no reforço – disse.

O especialista vê a decisão de São Paulo como um movimento político do governo.

– Talvez eles queiram usar a CoronaVac porque compraram muitas doses. Dessa vez, quem está fazendo política é o governo de São Paulo – observou.

*AE

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