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Bolsonaro: “Objetivo principal sempre foi salvar vidas”

Em pronunciamento, presidente elogiou o médico Roberto Kalil por receitar hidroxicloroquina a seus pacientes

Henrique Gimenes - 08/04/2020 20h56 | atualizado em 09/04/2020 09h48

Presidente Jair Bolsonaro durante pronunciamento Foto: Carolina Antunes/PR

Nesta quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro realizou um novo pronunciamento em rádio e TV para falar das ações do governo no combate à epidemia de coronavírus. Durante sua fala, ele voltou a falar sobre sua preocupação com empregos, comentou as medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos, sobre a hidroxicloroquina e ainda outras medidas tomadas pelo governo durante a crise.

Logo no começo do pronunciamento, o presidente se solidarizou com as famílias que perderam “entes queridos” para a Covid-19.

– Ser presidente da República é olhar o todo e não apenas as partes. Não restam dúvidas de que nosso objetivo principal sempre foi salvar vidas. Antes de mais nada, quero me solidarizar com as famílias que perderam seus entes queridos nessa guerra que estamos enfrentando – disse.

Ele também disse que muitas das medidas que estão sendo implementadas atualmente são de responsabilidade de governadores e prefeitos.

– Sempre afirmei que tínhamos dois empregos a resolver, o vírus e o desemprego, que deveriam ser tratados simultaneamente. Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas de, forma restritiva ou não, são de responsabilidade dos mesmos. O governo federal não foi consultado sobre sua amplitude ou duração. Espero que, brevemente, saiamos juntos e mais fortes para que possamos desenvolver nosso país – ressaltou.

Bolsonaro também voltou a mostrar sua preocupação com o desemprego.

– Como afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, cada país tem suas particularidades. Os mais humildes não podem deixar de se locomover para buscar seu pão de cada dia. As consequências do tratamento não podem ser mais danosas do que a própria doença. O desemprego também leva à pobreza, à fome, à miséria, enfim, à própria morte – apontou.

Sobre a hidroxicloroquina, o presidente Bolsonaro elogiou a decisão do doutor Roberto Kalil de receitar o medicamento aos seus países.

– Após ouvir médicos, pesquisadores e chefes de estado de outros países, passei a divulgar, nos últimos quarenta dias, a possibilidade de tratamento da doença desde sua fase inicial. Há pouco conversei com o doutor Roberto Kalil. Cumprimentei-o pela honestidade e compromisso com o Juramento de Hipócrates. Ao assumir que, não só usou a hidroxicloroquina, bem como a ministrou para dezenas de pacientes. Todos estão salvos. Disse-me mais, que mesmo não tendo finalizado o protocolo de testes, ministrou o medicamento agora para não se arrepender no futuro. Essa decisão poderá entrar para a história como tendo salvo milhares de vidas no país – destacou.

No pronunciamento, Bolsonaro também falou que negociou com a Índia a compra de materiais para a produção de hidroxicloroquina e que o pagamento do auxílio a trabalhadores informais começará a ser pago amanhã. Ele ainda anunciou que o governo irá bancar a conta de luz de beneficiários da conta da tarifa social.

– Concedemos também a isenção do pagamento da conta da energia elétrica aos beneficiários da conta da tarifa social por três meses, atendendo a mais de 9 milhões de famílias que tenham suas contas até R$ 150 – afirmou.

Leia a íntegra do pronunciamento.

Boa noite

Vivemos um momento ímpar em nossa história.

Ser Presidente da República é olhar o todo, e não apenas as partes. Não restam dúvidas de que o nosso objetivo principal sempre foi salvar vidas.

Gostaria, antes de mais nada, de me solidarizar com as famílias que perderam seus entes queridos nesta guerra que estamos enfrentando.

Tenho a responsabilidade de decidir sobre as questões do País de forma ampla, usando a equipe de ministros que escolhi para conduzir os destinos da Nação. Todos devem estar sintonizados comigo.

Sempre afirmei que tínhamos dois problemas a resolver, o vírus e o desemprego, que deveriam ser tratados simultaneamente.

Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas, de forma restritiva ou não, são de responsabilidade exclusiva dos mesmos. O Governo Federal não foi consultado sobre sua amplitude ou duração. Espero que brevemente saiamos juntos e mais fortes para que possamos melhor desenvolver o nosso país.

Como afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, cada país tem suas particularidades, ou seja, a solução não é a mesma para todos. Os mais humildes não podem deixar de se locomover para buscar o seu pão de cada dia.

As consequências do tratamento não podem ser mais danosas que a própria doença. O desemprego também leva à pobreza, à fome, à miséria, enfim, à própria morte. Com esse espírito, instruí meus ministros.

Após ouvir médicos, pesquisadores e Chefes de Estado de outros países, passei a divulgar, nos últimos 40 dias, a possibilidade de tratamento da doença desde sua fase inicial.

Há pouco, conversei com o Dr. Roberto Kalil. Cumprimentei-o pela honestidade e compromisso com o Juramento de Hipócrates, ao assumir que não só usou a Hidroxicloroquina, bem como a ministrou para dezenas de pacientes. Todos estão salvos.

Disse-me mais: que, mesmo não tendo finalizado o protocolo de testes, ministrou o medicamento agora, para não se arrepender no futuro. Essa decisão poderá entrar para a história como tendo salvo milhares de vidas no Brasil. Nossos parabéns ao Dr. Kalil.

Temos mais boas notícias. Fruto de minha conversa direta com o Primeiro-Ministro da Índia, receberemos, até sábado, matéria-prima para continuarmos produzindo a hidroxicloroquina, de modo a podermos tratar pacientes da COVID-19, bem como malária, lúpus e artrite. Agradeço ao Primeiro-Ministro Narendra Modi e ao povo indiano por esta ajuda tão oportuna ao povo brasileiro.

A partir de amanhã, começaremos a pagar os R$ 600,00 de auxílio emergencial para apoiar trabalhadores informais, desempregados e microempreendedores durante três meses.

Concedemos, também, a isenção do pagamento da conta de energia elétrica aos beneficiários da tarifa social, por 3 meses, atendendo a mais de 9 milhões de famílias que tenham suas contas de até R$ 150,00.

Disponibilizamos 60 bilhões via Caixa Econômica Federal para capital de giro destinados a micro, pequenas e médias empresas e à construção civil.

Os beneficiários do Bolsa Família, que são quase 60 milhões de pessoas, também receberão um abono complementar do Auxílio Emergencial.

Autorizamos, ainda, para junho, um saque de até R$ 1.045,00 aos que têm conta vinculada ao FGTS.

Repatriamos mais de 11 mil brasileiros que estavam no exterior, num esforço capitaneado pelo Itamaraty, Ministério da Defesa e Embratur.

Tenho certeza de que a grande maioria dos brasileiros quer voltar a trabalhar.

Esta sempre foi minha orientação a todos os ministros, observadas as normas do Ministério da Saúde.

Quando deixar a Presidência, pretendo passar ao meu sucessor um Brasil muito melhor do que aquele que encontrei em janeiro do ano passado.

Sigamos João 8:32: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará!”

Desejo a todos uma Sexta-Feira Santa de reflexão e um Feliz Domingo de Páscoa!

Deus abençoe o nosso Brasil!

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