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Êxodo ucraniano: Crise de deslocamento mais rápida desde a 2ª Guerra Mundial

Grande número de pessoas continua a chegar às fronteiras da Ucrânia com a Polônia, Romênia, Hungria, Eslováquia e Moldávia

Lawrence Maximus - 24/03/2022 14h44

Duas mulheres e seus filhos esperam trem em Kiev Foto: EFE/Ignacio Ortega

Quase 3,5 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia para buscar segurança nos países vizinhos. A maioria são mulheres, crianças e idosos. Um grande número de pessoas continua a chegar às fronteiras da Ucrânia com a Polônia, Romênia, Hungria, Eslováquia e Moldávia com apenas o que podem carregar.

Em muitos lugares, houve longas esperas para atravessar e poucas instalações aguardando por eles do outro lado, com temperaturas caindo abaixo de zero durante a noite. As necessidades urgentes incluem alimentação, água, abrigo de emergência, serviços de saúde e saneamento, e aconselhamento de proteção e trauma.

O Comitê Internacional de Resgate (IRC) pede aos países vizinhos da Ucrânia que façam uso total do financiamento da União Europeia para cuidar de refugiados que fogem da guerra da Rússia.

– Mais de dois milhões de pessoas fugiram para a Polônia em menos de um mês, tornando essa a crise de deslocamento mais rápida que vimos desde a 2ª Guerra Mundial – disse Heather Macey, líder da equipe do IRC na Polônia.

Ucranianos esperam para deixar o país por via terrestre Foto: EFE/ Borja Sánchez Trillo

Uma resposta verdadeira é necessária para garantir que os refugiados da Ucrânia sejam apoiados de forma “equitativa e sustentável em todo o continente”, disse o IRC em um comunicado.

O governo da Polônia agiu rapidamente para legalizar a permanência dos ucranianos no país e para fornecer acesso a serviços sociais como saúde, educação e assistência financeira. No entanto, para receber a maioria dos benefícios, é necessário o registro de um número de identificação polonês. Mesmo com os sistemas de registro rápidos estabelecidos pelo governo polonês, será um longo processo para registrar os mais de um milhão de pessoas que devem permanecer na Polônia.

Ponto de assistência para refugiados em Przemysl, sudeste da Polônia Foto: EFE/EPA/Darek Delmanowicz

Necessidades urgentes específicas incluíam garantir que os serviços fossem devidamente traduzidos para o ucraniano, aulas de recepção para crianças e aulas de idiomas e assistência burocrática para adultos, disse o líder da equipe polonesa. A pesquisa também constatou que a maioria dos entrevistados eram idosos ou mães que eram cuidadoras únicas de seus filhos.

O IRC é uma organização não governamental de ajuda humanitária global, ajuda humanitária e desenvolvimento, fundada em 1933. Fornece ajuda emergencial e assistência de longo prazo aos refugiados e aos deslocados pela guerra, perseguição ou desastre natural.

Sobretudo, nem todos que fogem da Ucrânia são ucranianos. Estudantes de países africanos, refugiados afegãos e solicitantes de asilo belarrussos estão entre as pessoas de países ao redor do mundo que tiveram que fugir da Ucrânia. Buscar asilo é um direito humano, e, consequentemente, dar refúgio àqueles que fogem por suas vidas, não importa sua raça, religião, cor ou credo.

Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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