A ‘teologia do coaching’ e seu papel na criação do ‘crente nominal’
Os coaches têm atraído à igreja pessoas ávidas por bênçãos, e não por Deus
Renato Vargens - 02/02/2022 17h37
Todos nós, alguma vez na vida, já ouvimos a expressão “católico nominal”. Pois é! Infelizmente, parece que essa expressão, outrora aplicada aos católicos romanos, caiu como uma luva a alguns evangélicos, visto que se dizem cristãos, contudo desenvolvem um comportamento absolutamente antagônico aos ensinos das Escrituras, além de demonstrarem uma fé mística e sincrética.
É claro que, ao tratar desse assunto, não posso ser simplista. Mas ouso afirmar que, em parte, isso se deve à maldita “teologia do coaching”, cujos ensinamentos se encontram fundamentados numa fé humanista e antropocêntrica. E a explicação para isso é simples.
Com uma mensagem desprovida do evangelho e sem confronto ao pecado, os coaches têm atraído à igreja pessoas ávidas por bênçãos, e não por Deus. Sem falar que, ao oferecer uma mensagem de autoajuda cujo conteúdo afaga o ego, os coaches disseminam um falso Cristo cuja existência é exclusivamente para satisfazer o cliente. Nessa perspectiva, os crentes modernos não criam vínculos nem estabelecem compromissos eclesiásticos, até porque Cristo não passa de um instrumento para se atingir a felicidade.
Como já escrevi antes, a “teologia do coaching” é espúria, falsa e leva os seus seguidores a um caminho de morte.
Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 32 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É membro dos conselhos do TGC Brasil e IBDR. |