Renato Vargens - 21/01/2022 12h19

Algumas mulheres têm me escrito preocupadas com alguns ensinamentos que lhes são ministrados em nome de Deus, propagando a ideia de que se vestir bem, ou mesmo se maquiar, não glorifica a Deus.

O legalismo já foi uma forte vertente do evangelicalismo brasileiro. Todavia, de um tempo pra cá, os adeptos do farisaísmo da modernidade perderam espaço para os defensores do liberalismo comportamental. Apesar deste fato inequívoco, ainda é comum encontramos nos arraiais evangélicos defensores de um tipo de religiosidade absolutamente antagônica aos ensinos nas Escrituras Sagradas.

Bom, antes que alguém me acuse de libertino, vale a pena ressaltar que o fato de eu estar combatendo o legalismo não significa que eu esteja apoiando o comportamento desregrado defendido por alguns. Contudo, confesso que não dá para fazer vista grossa a ensinos que dizem que é errado uma mulher se vestir com modernidade e maquiar-se.

Caro leitor, quando eu vejo mulheres atribuído piedade a vestimentas, aos cabelos ou à maquiagem, chego à conclusão de que o legalismo não morreu. Ele ainda está vivo e presente na igreja. E continua sendo uma ameaça à saúde espiritual do povo de Deus.

Alguém já afirmou que quem do legalismo se nutre adoece e morre. Sim! O legalismo é um problema sério para a Igreja, pois dá mais valor à forma do que à essência, mais importância à tradição do que à verdade; valoriza mais os ritos religiosos do que o amor. O legalismo se veste com uma capa de ortodoxia, mas, em última análise, não defende a verdade de Deus, apenas o seu tradicionalismo conveniente.

Portanto, mulheres, deixem de lado os ensinos estapafúrdios de uma geração desprovida de graça e vistam-se para a glória de Deus, até mesmo porque Deus é adepto do belo!

Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 32 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É membro dos conselhos do TGC Brasil e IBDR.

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