Renato Vargens - 25/05/2021 17h00

Pouco tempo depois da morte do funkeiro MC Kevin, a discussão sobre o que teria ocorrido já dominava as redes sociais.

A versão mais corrente dava conta de que o músico havia pulado da janela para que sua esposa não o flagrasse tendo relações sexuais com outra pessoa. Todavia, uma publicação em particular chamou atenção: a antropóloga e socióloga Marília Moschkovich postou no Twitter: “A monogamia mata. […] É absurdo que, na nossa sociedade, a vida de qualquer pessoa valha menos do que a moral da fidelidade monogâmica”.

Caro leitor, lamentavelmente nos dias de hoje o que mais temos visto é a tentativa, por parte de alguns, em desconstruir os valores judaico-cristãos. Como se não bastasse os ataques à família e à educação dos filhos, eis que surge o ataque ao casamento monogâmico.

Ora, o casamento foi estabelecido por Deus entre um homem e uma mulher e de forma monogâmica (Gênesis 1:27). Todavia, essa geração apóstata e rebelde tenta, a todo custo, desconstruir aquilo que foi determinado pelo Senhor. Ora, o casamento não é um ajuntamento desprovido de ética e sem critérios. Deus estabeleceu e determinou princípios imprescindíveis, imutáveis e invioláveis para que um casamento seja reconhecido como tal.

Segundo a Palavra de Deus, o homem deve deixar pai e mãe e unir-se à sua mulher. Isso mostra, de forma indiscutível, que o casamento, além de heterossexual e monossomático, é monogâmico.

Na verdade, o plano de Deus sempre foi o casamento entre apenas um homem e uma mulher. A poligamia é fruto da desobediência e da queda de Adão e Eva e foi permitida, com restrições, em alguns casos. Entretanto, na Bíblia, Deus sempre deixou claro que esse não é o ideal tampouco o padrão para a vida cristã.

Portanto, os que desejam trilhar o caminho da bigamia ou da poligamia, pecam contra Deus, contra a sua Palavra, contra o casamento, além, é claro, de pecar contra a família, até mesmo porque o casamento, de acordo com o propósito de Deus, é a pedra fundamental de uma sociedade saudável. Sendo assim, derrubá-la implica destruir as bases de uma sociedade na qual valores como respeito, consideração e valorização da vida são indispensáveis.

Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 32 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É membro dos conselhos do TGC Brasil e IBDR.

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