Renato Vargens - 17/05/2021 12h17

Desde a década de 80, em plena guerra fria, nunca se falou tanto sobre o fim dos tempos e da manifestação do anticristo como nos dias de hoje. Aliás, em tempo de pandemia, isso tem se multiplicado de modo significativo. Basta olharmos para as redes sociais que encontraremos milhares de textos, artigos e vídeos que tratam do tema.

Entretanto, juntamente com isso tem surgido algumas perguntas que precisam ser respondidas: Quando isso se dará? O que está faltando para o anticristo se manifestar?

Antes de tratarmos especificamente disto, julgo que seja preciso esclarecermos sobre a pessoa do anticristo.

Jesus o chamou de “o abominável da desolação” (Mateus 24:15); Paulo, de “o homem da iniquidade, o filho da perdição” (2Tessalonicenses 2:3). João o chamou de “o anticristo” (1João 2:18) e também de “a besta [que emerge] do mar” (Apocalipse 13:1; 19:20). Além disso, a Palavra de Deus esclarece que o iníquo agirá sob a autoridade de Satanás (Apocalipse 13:2; 2Tessalonicenses 2.9), será adorado (Apocalipse 13:4) e perseguirá o povo de Deus (Apocalipse 13:7).

Isto posto, o que está faltando para o anticristo se manifestar?

1. O mundo precisa experimentar um caos total, o que implicará a necessidade do surgimento de um “salvador mundial”.

2. A apostasia. Paulo, na sua segunda carta aos tessalonicenses, deixa claro que, antes da manifestação do “homem da iniquidade, o filho da perdição”, experimentaremos uma apostasia, quando haverá engano, sedição e abandono da verdade.

3. O anticristo só se manifestará no tempo estabelecido por Deus.

4. A retirada de “aquele que agora o detém”. Em sua segunda epístola aos Tessalonicenses, Paulo deixa claro que “o homem da iniquidade, o filho da perdição” está detido (2 Tessalonicenses 2:6-7). A maioria dos estudiosos acredita que o que o detém é a lei e quem faz a lei se cumprir. É por isso que o anticristo surgirá num tempo de grande apostasia, isto é, de grande e intensa rebelião, quando os homens não suportarão mais leis, normas nem padrões absolutos. Aliás, por acaso você já se deu conta de que isso já começou a acontecer em nossos dias?

Pois é! Enquanto a lei e a ordem prevalecerem, “o homem da iniquidade” está impossibilitado de aparecer na história. Entretanto, é possível perceber que o espírito do anticristo já se faz presente no mundo, relativizando o absoluto, normatizando o pecado, transformando os valores judaico-cristãos em valores arcaicos e ultrapassados.

O cenário está sendo montado, e em breve “o iníquo” se manifestará. Contudo, não devemos temer, visto que as Escrituras nos ensinam que o Senhor Jesus, em sua segunda vinda, destruirá “com o sopro de sua boca” o homem da iniquidade (2Tessalonicenses 2:8).

Soli Deo gloria!

Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 32 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É membro dos conselhos do TGC Brasil e IBDR.