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Coluna Vinícius Cordeiro e Bruna Franco: Animais idosos

Um animal chega à terceira idade por volta dos 7 anos. É a partir dessa fase que precisará ainda mais de apoio, paciência e cuidados

Vinícius Cordeiro - 04/01/2018 09h00

O abandono de animais é um problema enorme nas grandes cidades brasileiras. Há uma infinidade de animais carinhosos e carentes que estão nas ruas ou nos abrigos porque foram descartados por seus tutores. Infelizmente, esse índice se torna mais alto quando falamos de animais idosos. Com o avanço da Medicina Veterinária, a expectativa de vida aumentou bastante, sendo comum cães e gatos ultrapassarem os 15 anos de idade. Um animal chega à terceira idade por volta dos 7 anos. É a partir dessa fase que precisará ainda mais de apoio, paciência e cuidados.

Alguns cuidados são importantes para que possamos prevenir as doenças senis, como mudança na ração; há rações apropriadas para cada faixa etária; visitas regulares ao veterinário para acompanhamento; exames periódicos e exercícios moderados, é importante sempre respeitar seu limite físico e não obrigá-lo a se exercitar além de seu limite.

Os principais problemas de saúde associados à idade avançada são: perda de visão, audição e de olfato; problemas renais, ortopédicos, cardíacos; sobrepeso, diabetes e disfunção cognitiva. Na disfunção cognitiva há a senilidade, na qual há uma degeneração similar ao Alzheimer. Os animais se tornam lentos e distantes. O aprendizado e o treinamento que receberam ao longo da vida podem regredir consideravelmente, tal qual um humano idoso.

É importante ressaltar que há prevenção para quase todos esses problemas de saúde, por isso a visita regular ao médico veterinário é tão importante. Para evitar problemas de coluna, a recomendação é colocar os potes de comida e de água em um nível mais alto. Também evitar mudar os móveis de lugar, visto que seu animal se localiza na casa a partir da posição deles. Caso ele esteja cego ou tenha confusão mental, a reorganização da residência apenas vai prejudicá-lo. Tapetes antiderrapantes e camas ou almofadas para amortecer os saltos ou deixá-los confortáveis na hora do sono são uma ótima opção.

Os idosos são uma ótima opção para quem quer adotá-los: a maioria dos cães mais idosos já definiram a personalidade e não apresentam variações de comportamento, são mais tranquilos, fazem menos bagunça, tendem a ser grandes companheiros e os vira-latas têm expectativa de vida alta. Não é raro encontrarmos cães que vivem mais de 16 anos.

Vinicius Cordeiro é advogado, ex-Secretário de Proteção Animal do Rio de Janeiro.
Bruna Franco é ativista, dirigente da ONG ADDAMA e produtora executiva da ONG Celebridade Pet.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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