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Educação financeira: Será que é realmente importante?

Aline Rodrigues - 02/03/2021 16h25

Na vida, precisamos aprender muitas coisas no dia a dia, em meio aos erros e acertos. E, quando se trata de finanças, é assim que a maioria das pessoas aprendem. Contudo, os erros financeiros podem trazer muitas consequências pesadas e negativas à pessoa, à sua família, e pode atrapalhar muitos sonhos e projetos. Então, sim, educação financeira é muito importante!

É importante que cada pessoa tenha a oportunidade de entender como funciona o sistema financeiro, quais são os riscos em atrasar uma conta, em utilizar o cheque especial, em pegar um empréstimo, bem como saber quanto custa os juros de uma fatura em atraso, o quanto o nome sujo pode atrapalhá-la e quanto a sua reserva financeira pode render e proporcionar-lhe melhores resultados.

O primeiro contato

O nosso primeiro contato com o dinheiro tende ser por meio de um cofre (de louça) em formato de porquinho, e nossa meta é colocar as moedinhas de todos ali para, em um dado momento, quebrá-lo e gastar com alguma coisa.

– O que temos a aprender com esse fato?

Se tivermos paciência e tempo, poderemos acumular aos poucos um valor para alcançar o objetivo desejado.

– E onde está o erro nisso?

No fato de que o dinheiro não é dado à criança com o intuito de ela começar a pensar que vai preferir guardar agora para gastar depois (falta comunicação e clareza) e no fato de que, ao colocar as moedas sem um critério ou registro, o valor acumulado será sempre uma surpresa. Por outro lado, se a cada moedinha colocada for registrada, a criança poderá começar a entender o quão perto ou longe está do seu objetivo.

Presentes x Presença

À medida que o tempo passa e a criança cresce, ela vai tendo contato com o dinheiro em suas diferentes formas, e uma delas está relacionada à questão de materializar a falta de tempo e de presença dos pais no dia a dia. Quanto mais os pais trabalham e mais ocupados estão, mais buscam suprir essa ausência com presentes aos filhos.

– O que temos a aprender com esse fato?

Que tempo é, sim, dinheiro. Para comprar algo, será necessário algumas horas/dias/anos de trabalho, e tudo é uma troca.

– E onde está o erro?

A criança/o adolescente começa a ter o aprendizado de que o amor/o carinho é proporcional ao valor do presente e ao seu tamanho. É incrível como muitos adultos levam isso pela vida afora, em seus relacionamentos, sentindo a necessidade de comprar algo, até mesmo acima das suas possibilidades, para “provar” o tamanho do seu amor/carinho.

Salário, contas, vida financeira

Quando crescem e começam a ganhar o próprio dinheiro, algumas pessoas passam pela fase da valorização, na qual começam a dar mais peso ao seu dinheiro e pensam mais no que vão comprar. Já outras pessoas passam pela fase do fim do mundo, em que começam a comprar tudo que veem pela frente, com a sensação de que amanhã não terá mais essa oportunidade.

– O que temos a aprender com esse fato?

Aprendemos que a forma como lidamos com o consumo irá determinar o nosso saldo bancário, nosso futuro financeiro e nossa saúde financeira. Podemos e devemos consumir sim, mas sempre valorizando o nosso dinheiro e tempo/esforço gasto para conquistá-lo.

– E onde está o erro?

Na falta de conhecimento técnico sobre o que fazer de verdade com o dinheiro e sobre a melhor maneira de utilizá-lo. Mesmo entre os que valorizam seu dinheiro, são poucos os que buscam conhecimento para investi-lo melhor. Muitos valorizam, mas deixam o dinheiro parado na conta, na poupança ou não investem de forma assertiva para o presente e o futuro financeiro.

E você? Como foi a sua história com o dinheiro? O que aprendeu que o ajudou ou o atrapalhou? Os erros do passado ainda fazem parte da sua vida hoje?

Nunca é tarde para organizar e otimizar a gestão financeira. Mas, com certeza, certos erros sempre terão peso no futuro!

Aline Rodrigues é graduada em Administração, consultora financeira e educadora financeira, profissional no mercado financeiro há 7 anos, atua como CEO da Finapse.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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