O interesse da OAB na Lei Rouanet
Os projetos totalizavam em torno de R$ 700 milhões
Marco Feliciano - 08/02/2021 12h35
Em 1966, Sérgio Porto escreveu e os Demônios da Garoa gravaram a canção O Samba do Crioulo Doido. A música se tornou sinônimo de coisas sem sentido e de textos sem nexo. Como se diz, a vida se repete e imita a arte, assim vimos a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ingressar com pedido para liberar a captação de recursos, por meio da Lei Rouanet, para 450 projetos culturais, totalizando em torno de R$ 700 milhões.
Esses projetos não têm relação com outros projetos em que Daniela Santa Cruz, esposa do presidente da OAB Felipe Santa Cruz, tem interesse, como foi noticiado. Seria apenas coincidência de projetos culturais que envolvem a Lei Rouanet, mas é estranho uma entidade de advogados pleitear liberação de verbas com finalidade discutível e foco de inúmeros debates em torno das prioridade da aplicação de verbas públicas.
Politizar uma entidade de classe tão importante a nível nacional, como a OAB, e que engloba em seus quadros associativos várias correntes de opinião acadêmicas que primam pelo contraditório, com um afunilamento de decisão, não se coaduna com sua ímpar importância perante a opinião pública.
Finalizo alertando a todos que fiscalizemos os imensos recursos que são carreados à OAB por meio das mensalidades de seus membros e das taxas do exame da ordem para postulantes à carreira de advogado, monopólio da entidade.
Que Deus derrame as mais escolhidas bênçãos celestiais sobre todos advogados e bacharéis em Direito!
Marco Feliciano é pastor e está em seu quarto mandato consecutivo como deputado federal pelo Estado de São Paulo. Ele também é escritor, cantor e presidente da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento. |
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