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Nosso semiárido é terra de 27 milhões de brasileiros

O brasileiro tem no sangue a vocação para a agropecuária. Ele sabe produzir, mas tem muita dificuldade para comercializar sua produção

Bia Kicis - 22/01/2021 15h15

Recentemente participei de um fórum organizado pela Frente Parlamentar Mista em Prol do Semiárido, a Codevasf, e pelo Instituto Sagres.

Ali estávamos diante de uma grande oportunidade de desenvolvimento de uma região abandonada nos últimos 25 anos, sem ter seu potencial explorado da forma devida.

Nosso semiárido é terra de 27 milhões de brasileiros. Ocupa 12% do território nacional, abrange 1.262 municípios e é considerado o semiárido mais populoso do mundo.

Sabemos que, de fato, ela é uma região que enfrenta muitas dificuldades. No entanto, é uma região com grande potencial de desenvolvimento não só para si, mas para o país.

Isso é tão verdade que, ao receber investimentos na área de energia eólica, hoje o semiárido é responsável por 86% da produção do país, com mais de 7 mil aerogeradores, em 601 parques eólicos.

Havendo vontade política, planejamento e segurança jurídica, por certo o setor produtivo se organizará, e o enorme potencial da região será finalmente alcançado.

Tenho trabalhado de modo incansável na busca de parceria entre o setor público e o privado, e acompanho o impacto positivo gerado.

O capital privado (nacional e internacional) sempre esteve ávido por oportunidades, mas nunca houve a vontade política necessária para promover o desenvolvimento. Hoje, com o governo Bolsonaro, a visão mudou.

Estou empenhada na luta em prol do pequeno agricultor, considerando que temos cerca de 1,5 milhão de famílias agricultoras e vou lutar para o semiárido ser uma região propícia para o sucesso dessas famílias em seu trabalho.

A maior parte do que chega à mesa do brasileiro provém das pequenas propriedades rurais. Sendo assim, ela ajuda a promover segurança alimentar em todo Brasil.

O brasileiro tem no sangue a vocação para a agropecuária. Ele sabe produzir, mas tem muita dificuldade para comercializar sua produção.

Dito isso, precisamos promover a regularização fundiária, disponibilizar linhas de crédito específica para o setor e promover o cooperativismo de pequenos empreendedores rurais. Assim, por certo, atrairemos o investimento privado e a atenção do setor público.

Estaremos também atentos para ouvir o que a academia e os pesquisadores têm a nos falar. A tecnologia precisa ser usada em nosso favor, e, para isso, conversar com os profissionais especializados é essencial.

Fui eleita deixando claro que sou totalmente contra qualquer tipo de visão assistencialista, de que só o governo é capaz de ajudar o povo a desenvolver seus projetos e negócios. Não, nós combatemos de modo veemente qualquer tipo de culto à estagnação do país em prol de uma agenda. Eu ando muito, sei de histórias, conheço pessoas e percebo a capacidade que o brasileiro tem. Sei que muitos não precisam depender do governo para fluir com seus negócios.

Precisamos ressaltar que o semiárido não é aquela âncora que nos impede de alavancar, como era visto até recentemente. O semiárido é a nossa oportunidade de salto no crescimento. O governo atual tem a sensibilidade e a honestidade de defender essa visão e de trabalhar para que o semiárido seja, finalmente, o que deveria ser há anos.

Acredito no trabalho de todos os que estão empenhados nesta luta. Não vamos mais dormir. Vamos trabalhar muito para que possamos colher bons frutos e elevar o nosso Brasil ao lugar que lhe é merecido.

Bia Kicis foi procuradora do Distrito Federal durante 24 anos, ativista e atualmente é deputada federal pelo PSL/DF.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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