Leia também:
X A que nível chega a cara de pau de João Doria?

A batalha pela Presidência da Câmara: Ou tiramos Maia e seu grupo, ou eles atravancam o Brasil

São práticas recorrentes de Rodrigo Maia deixar Projetos de Lei engavetados sem iniciar a sua tramitação

Carlos Jordy - 18/01/2021 11h50

A presidência da Câmara dos Deputados é o terceiro posto mais importante do país, ficando apenas atrás do posto do Presidente e do Vice-Presidente da República. Desde a disputa entre Eduardo Cunha (MDB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), em 2015, não vivíamos uma disputa tão intensa do ponto de vista político igual vivemos nesta segunda metade da 56ª Legislatura.

Com o apoio do atual Presidente da Câmara, Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o apoio dos partidos de oposição ao Governo Bolsonaro, está o Deputado Baleia Rossi (MDB-SP). Do outro lado, com apoio da base de sustentação do Governo Federal na Câmara dos Deputados e com o apoio dos partidos do chamado “centrão”, está o Deputado Arthur Lira (PP-AL).

Desde quando assumiu a presidência da Câmara dos Deputados, em 2016, de maneira interna, após a cassação de Eduardo Cunha, Rodrigo Maia tem como marcas a aproximação com as bancadas de esquerda – foi assim que derrotou Rogério Rosso (PSD-DF) na eleição interina de 2016, conquistando o apoio de legendas como PDT, PT e PCdoB no segundo turno da eleição – e a extrema necessidade de promover uma agenda própria, em detrimento da agenda nacional, realizando ataques sistemáticos ao Presidente de ocasião (inicialmente Michel Temer, entre 2016 e 2018), ataques que vieram a aprofundar-se durante os dois primeiros anos da gestão de Jair Bolsonaro.

São práticas recorrentes de Rodrigo Maia deixar Projetos de Lei engavetados sem iniciar a sua tramitação, deixar Medidas Provisórias perderem seu prazo, além de usar a internet e a imprensa para atacar o Governo Federal e o Presidente Jair Bolsonaro.

Após perder no judiciário, o atual Presidente da Câmara passou a aumentar o seu revanchismo contra o Governo Federal

O Deputado fluminense tentou, via Supremo Tribunal Federal, a autorização para que concorresse a reeleição para o cargo na mesma legislatura, o que é vedado pela Constituição Federal e foi impedido pela Suprema Corte, em uma votação apertada. Após perder no judiciário, o atual Presidente da Câmara passou a aumentar o seu revanchismo contra o Governo Federal, subindo o tom em declarações e em postagens nas redes sociais.

Outro ponto a se ressaltar na figura de Rodrigo Maia é o impedimento da tramitação da chamada pauta de costumes, como o combate ao aborto, a facilitação para o porte de armas de fogo, o endurecimento da legislação penal, o combate à ideologia de gênero e o enfrentamento à doutrinação ideológica em escolas e faculdades. Estas pautas levaram o então candidato Jair Bolsonaro a vitória nas eleições presidenciais de 2018. Maia já deixou claro que quer fazer seu sucessor para impedir que essas questões possam ser pautadas na Câmara.

Desde o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, o Brasil anseia por reformas que possam dinamizar a administração pública e que permitam a recuperação moral e econômica do nosso país, além do combate ao marxismo cultural. E foi este sentimento que fez com que Jair Bolsonaro vencesse as eleições em 2018, com um programa claro de reforma da estrutura administrativa federal e reforma do Estado brasileiro.

Muitas dessas pautas passam por mudanças na legislação vigente e precisam passar pelo crivo da Câmara dos Deputados, como o caso da Reforma Trabalhista e do Novo Regime Fiscal, ainda na gestão de Michel Temer, assim como no da Reforma da Previdência e da Lei Nacional de Liberdade Econômica, já na gestão de Jair Bolsonaro.

O Poder Legislativo não pode ser subserviente ao Palácio do Planalto, mas também não pode ter uma agenda própria, em que os interesses do país são deixados de lado em nome da vaidade e sede de poder.

A eleição de Baleia Rossi significa manter o Legislativo brasileiro funcionando aos interesses de uma agenda de promoção pessoal, em vez de uma agenda de recuperação e reconstrução nacional

Lord Acton afirmava que “o poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente”, e essa pode ser definida como a marca da gestão de Rodrigo Maia à frente da Câmara baixa desde o ano de 2016.

Precisamos sim de um Legislativo protagonista e independente, que possa promover uma agenda de reformas econômica, fiscal, administrativa e educacional que permita que o Governo Bolsonaro continue cumprindo as suas promessas feitas à população brasileira em 2018.

Em uma Casa que já teve como Presidentes parlamentares da estatura de Martim Ribeiro de Andrada, Marquês de Olinda, Pedro Aleixo, Nereu Ramos, Marco Maciel e Luís Eduardo Magalhães, a eleição de Baleia Rossi significa manter o Legislativo brasileiro apequenado, funcionando aos interesses de uma agenda de promoção pessoal, em vez de uma agenda de recuperação e reconstrução nacional… Agenda em que apenas aqueles que a população rejeitou nas urnas na eleição de 2018 têm voz ativa, de modo que o país, por mera vaidade, apenas perde oportunidades de desenvolvimento e de ter aprovadas na Câmara dos Deputados pautas voltadas para os costumes e a defesa dos valores que nos forjaram enquanto sociedade.

Estamos no momento em que o Poder Legislativo precisa ser protagonista pelas suas contribuições para o futuro do país e não pode ter a sua estrutura utilizada para perseguir parlamentares que discordem do atual Presidente da Casa nem de servir de palanque para ataques que visam apenas a autopromoção e a aceitação das bancadas de oposição e de setores da mídia.

Carlos Jordy foi vereador e atualmente é deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro com mais de 204 mil votos. Também atua como vice-líder do governo na Câmara dos Deputados.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

Leia também1 Rabino é infectado com Covid após receber 2 doses da Pfizer
2 Impacto de lockdown pode levar 890 mil americanos à morte
3 Confira como será a divisão de vacinas da Covid-19 por estado
4 John Matze, CEO do Parler, e sua família são ameaçados de morte

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.