Lições que o filme de Natal de Leandro Hassum traz à Porta dos Fundos
É possível fazer sucesso sem ofender a fé de ninguém
Renato Vargens - 10/12/2020 11h30
O filme natalino de Leandro Hassum, que está sendo exibido na Netflix, está entre os mais assistidos no mundo. Tudo Bem no Natal que Vem lidera o ranking de mais vistos de países como Alemanha e México. No Brasil, por exemplo, milhares de pessoas têm comentado nas redes sociais as virtudes do filme onde a família e os valores familiares têm sido valorizados.
Tudo Bem no Natal que Vem é a prova que filme nacional pode fazer sucesso sem ofender a fé de ninguém, ou mesmo desrespeitar o cidadão brasileiro com expressões chulas, imorais e absortas em mal gosto.
O roteiro de Paulo Cursino é simples, engraçado e ao mesmo tempo reflexivo. Isto porque, traz a reboque valores importantes quanto ao casamento, relacionamento entre pais e filhos e claro, relacionamento familiar. Ademais, a película deixa uma lição àqueles que querem fazer cinema como o grupo Porta dos Fundos. Esses, geralmente no Natal, costumam afrontar a fé alheia produzindo lixo da pior espécie.
Claro que o filme não é perfeito, e nem sempre dá para concordar com tudo, não é mesmo? Todavia, o filme conseguiu produzir reflexão àqueles que o assistiram levando o telespectador a entender a importância da família.
Por fim, já está mais do que na hora que produtores e cineastas nacionais, incluindo o Porta dos Fundos, entendam que é possível fazer filmes no Brasil sem humor negro, palavrões, ofensas morais, ou mesmo conteúdo apelativo de cunho sexual.
Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 32 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É membro dos conselhos do TGC Brasil e IBDR. |