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Quais as responsabilidades reais de um padrinho de casamento?

O costume teria nascido em Roma

Renato Vargens - 12/08/2020 12h34

Nós não encontramos nas Escrituras orientações quanto a como deve ser uma cerimônia de casamento. Também não encontramos a necessidade de padrinhos testemunhando o enlace matrimonial. Contudo, em nossos dias, não dá para imaginar um matrimônio sem os famosos padrinhos ao lado dos noivos, não é verdade?

A origem da figura dos padrinhos varia de acordo com a cultura e o tempo. Uma das versões mais antigas afirma que o costume nasceu em Roma. Naquela época, os casais subiam ao altar ao lado de outros da mesma idade, vestidos com trajes semelhantes. O objetivo era evitar que espíritos do mal reconhecessem os noivos e amaldiçoassem a união.

Outra versão diz que, o hábito de ter um padrinho surgiu na idade média quando a noiva era colocada ao lado esquerdo da cerimônia. A ideia era evitar que alguém a raptasse e como a espada geralmente ficava ao lado direito do noivo, a ideia era que ele tivesse esse lado livre para desembainha-la, caso fosse necessário.

Contudo, com passar do tempo, a fim de que o noivo não ficasse extremamente preocupado durante a cerimônia, surgiu a figura do padrinho, que nada mais era do que um guerreiro de confiança do noivo que estaria apto a defender o casal se necessário fosse.

No catolicismo, a figura do padrinho surge a partir do século XVI. Na época, um matrimônio realizado na igreja deveria ter três exigências: ser realizado numa igreja, celebrado por um sacerdote católico e ter duas ou três testemunhas. Portanto, diante do exposto, é possível afirmar que a normatização de padrinhos numa cerimônia de casamento é absolutamente cultural. Entretanto, como escrevi no início deste texto, a observância dos padrinhos tornou-se uma prática “sine qua non” mesmo em igrejas evangélicas e protestantes.

Agora, eis que surge a pergunta: Num mundo moderno, quais deveriam de fato ser os papéis dos padrinhos? Será que a função destes deveria somente testemunhar o enlace e os votos do casal? Penso que não. À luz do nosso tempo e também, claro da Palavra de Deus, acredito que os padrinhos de um casamento deveriam possuir três comportamentos, senão vejamos:

1. Ajudarem os noivos em suas lutas e crises provenientes do e no casamento. Uma das responsabilidades das testemunhas de casamento é ajudar os noivos a fazer daquele compromisso assumido diante de Deus algo que testemunharão com a vida, por toda a vida.

2. Orar e interceder continuamente pelo casal rogando a Deus que os envolva com sua graça e bondade.
Desenvolver amizade, companheirismo e parceria com os noivos em todos os momentos possíveis.

3. Nessa perspectiva concluo dizendo que os padrinhos devem ser escolhidos de forma sábia e madura, visto que eles podem ser parceiros e amigos por toda a vida ajudando os noivos a construírem um casamento saudável e que glorifique a Deus.

Pense nisso!

Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 24 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É também colunista e articulista de revistas, jornais e diversos sites protestantes.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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