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Qual será o futuro?

Qual seleção irá sentir menos o peso da Copa na Rússia? E quem está trabalhando melhor sua garotada?

Sergio du Bocage - 01/11/2017 09h56

O Brasil perdeu mais um título nas divisões de base do futebol mundial. Se pensarmos em títulos mundiais, os dois últimos foram o Sub-20, em 2011, e o Sub-17, em 2003. Beliscamos alguns sul-americanos. Mas em resumo, desde que José Maria Marin assumiu em 2012, sendo sucedido por Marco Polo del Nero, em 2015, nada tivemos de mais significante. Lembrando que, com o time principal, a última Copa foi em 2002.

Ficamos em terceiro lugar no Mundial Sub-17, na Índia. Ganhamos da Alemanha, verdade, mas fomos atropelados pela Inglaterra, que acabou campeã. Foi o primeiro título dos ingleses nessa categoria, que também faturaram o Mundial sub-20.

Mas a questão maior nem são os títulos, pois potências, como a Alemanha, também não tem muitos. A pergunta é: desse Mundial, quantos irvão chegar, um dia, ao time principal do Brasil? Creio que esse seja o grande problema do nosso futebol. Formar e manter uma base, mesmo que muitos deles saiam do país, por questão financeira.

Vale uma comparação da última Copa. No Brasil, tínhamos Bernard (21 anos), Oscar e Neymar (22). William e Paulinho com 25 e só. Na Alemanha, o craque Draxler e Ginter (20), Durm, Mustafi e Goetze (22), Kramer e Schurrle (23), além de Muller, Kross, Hummels e Özil, com 24/25. E diga-se de passagem, qual seleção irá sentir menos o peso da Copa na Rússia? E quem está sabendo trabalhar mais a sua garotada?

O FENÔMENO HAMILTON

O inglês Lewis Hamilton é quatro vezes campeão de Fórmula-1. Iguala-se ao francês Alain Prost, o alemão Sebastian Vettel e fica atrás apenas do argentino Juan Manuel Fangio (5) e do alemão Michael Schumacher (7). Claro que são tempos diferentes, difícil de comparar, pois até os adversários na pista, a cada época, podem ser mais ou menos difíceis.

Por isso, fui buscar um percentual de vitórias sobre GPs disputados. Fangio lidera, com 47% de aproveitamento. Depois vem o bicampeão Alberto Ascari, da Itália, com 40,63%. Outro bicampeão, o britânico Jim Clark, tem 34,72%. E aí chega Hamilton, com 30,1%. Sem dúvida, um campeão pra história do automobilismo mundial.

Sergio du Bocage é carioca e jornalista esportivo desde 1982. Trabalhou no Jornal dos Sports, na TV Manchete e na Rádio Globo. É gerente de programas esportivos da TV Brasil e apresenta o programa “No Mundo da Bola”.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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