Quatro técnicos demitidos em 24h. O que deu errado?
Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza e São Paulo trocam de treinadores
Marcelo Penido - 28/09/2019 10h23
Rogério Ceni, Oswaldo de Oliveira, Zé Ricardo e Cuca deixaram seus clubes entre a noite de quinta-feira e a manhã desta sexta-feira.
A dança das cadeiras entre treinadores durante o Brasileirão não é novidade, nem as demissões de quatro técnicos em menos de 24 horas.
A novidade é que dos quatro demitidos desde quinta, três dirigiam grandes equipes.
Nunca na história da competição isso aconteceu outra vez.
Em 2010, Grêmio, Ceará, Vitória e Prudente trocaram seus treinadores.
O fato se repetiu em 2015 com Figueirense, Fluminense, Goiás e Sport.
Dessa vez, os ameaçados Cruzeiro e Fluminense trocaram de técnicos sem que os profissionais chegassem sequer a dois meses de trabalho. O mesmo aconteceu no Fortaleza.
Rogério Ceni treinou a Raposa por 46 dias e comandou apenas oito jogos, com duas vitórias, dois empates e quatro derrotas.
Já Oswaldo teve ainda menos tempo, em 39 dias foram duas vitórias, dois empates e três derrotas.
Zé Ricardo, contratado pelo Fortaleza para substituir Ceni, esteve à frente do Tricolor cearense pelo mesmo período, com uma vitória, dois empates e quatro derrotas.
Dos quatro quem ficou mais tempo no cargo foi Cuca, que treinou o São Paulo por cinco meses, com nove vitórias, dez empates e sete derrotas.
Pode se alegar que os treinadores foram demitidos por conta dos resultados ruins, o que é óbvio, mas por quê seus trabalhos fracassaram?
Com exceção de Zé Ricardo, todos tinham elencos razoáveis. Cruzeiro e São Paulo têm ótimos jogadores e se o Fluminense não é brilhante tem um grupo suficientemente capaz de brigar pelo menos no meio da tabela.
O maior desafio desses profissionais foi na gestão dos vestiários.
Os quatro foram praticamente repelidos pelos respectivos jogadores e as diretorias se viram obrigadas a fazerem tais mudanças.
Uma pena.
O São Paulo praticamente deu adeus ao título. Cruzeiro e Fluminense brigam para se manterem na série A e o Fortaleza pode voltar para a divisão de acesso após a temporada mais importante de sua história.
Marcelo Penido é jornalista especializado em Gestão, Marketing e Direito Esportivo com passagens pelas rádios CBN, Globo e Tupi e pela TV Band News. Filho do locutor Luiz Penido, nasceu no meio do futebol e é apaixonado pelo esporte. Nesse espaço vai falar sobre o dia a dia dos principais clubes do Brasil. |