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A linguagem universal do esporte como uma estratégia missionária

Ricardo Pinudo - 06/07/2017 10h13

O nome Saulo significa “grande”, uma variação de Saul, versão encontrada no Antigo Testamento. Já o nome Paulo significa “pequeno”. Tal antagonismo guarda relação com sua experiência pessoal com o divino, que desencadeou uma verdadeira metamorfose mental na vida daquele que, anteriormente, fora perseguidor do povo de Deus. Paulo experimentou um nível de vida no Reino de grande dimensão, tendo sido usado de forma estratégica em um novo contexto, específico e singular.

Todo o exclusivismo desencadeia algum tipo de isolamento. Ao chegar ao topo do pódio, alguém logo descobre que está só porque lá não existe companhia. Quanto mais se sobe mais diminui a possibilidade de se compartilhar o mesmo nível com outros. Para quem visa à competição isso é ótimo, mas para quem deseja relacionamento isso pode trazer isolamento.

Paulo desenvolveu uma postura de competitividade positiva, que marcou seu discurso e estilo literário. Ele utilizou metáforas aplicando princípios esportivos para expor os conceitos da revelação de Jesus. É bem provável que tenha sido neste ponto, influenciado pelos jogos realizados à época, que depois deram origens às olimpíadas. Essa influência é claramente evidenciada quando Paulo faz referência aos atletas que corriam nos estádios ou digladiavam nas lutas para conquistar uma coroa de louros, que logo iria se deteriorar, contrastando com os lutadores do Reino e a
conquista de coroa incorruptível (1Co 9.24, 25). Este é o verdadeiro prêmio da soberana vocação.

Apesar de todo o sofrimento experimentado por Paulo enquanto lutava pela causa do Senhor, ele escreveu: “…mas em todas essas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37). Paulo sabia que existia algo maior do que uma vitória momentânea e passageira. Ser campeão é ter uma vida vitoriosa, permanente e irreversível, independentemente dos resultados, uma conquista eterna.

Paulo escreveu aos irmãos da Galácia sobre motivação e determinação na corrida da vida: “…corríeis bem, quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade?” (Gl 5.7). Suas metáforas nos transportam para o contexto de um estádio, onde corremos focados no alvo proposto, com roupas leves, livres de todo peso de embaraço, enquanto estamos cercados de uma nuvem de pessoas
que torce a nosso favor (Hb 12.1).

Certamente, há muitos momentos marcantes desse homem. Ele foi o precursor daqueles que usaram a linguagem universal do esporte como uma estratégia missionária e de evangelização para alcançar e edificar vidas para o Reino de Deus.


Ricardo Pinudo foi jogador de Futebol em vários clubes do Rio. É formado como Treinador de Futebol pela Escola de Educação Física do Exército (Urca, RJ) e em Teologia pelo Seminário Betel. É fundador e coordenador do projeto Craques da Paz.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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