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Emprestar o cartão pode colocar você numa furada

A cilada é do tipo acabar com a amizade e empurrar você para a inadimplência

Anderson de Alcantara - 07/08/2019 11h07

Cartão de crédito Foto: Pixabay

Quem nunca recebeu um pedido para emprestar o cartão de crédito ou até mesmo fazer um empréstimo no banco para alguém sem crédito na praça? Na intenção de sermos bondosos, muitas vezes a gente faz qualquer coisa pra ajudar um amigo ou um parente que esteja em apuros, né? Mas saiba que isso pode acabar não só com a relação entre vocês, mas também com a sua tranquilidade financeira.

Dos brasileiros que conseguiram acertar as parcelas e sair da inadimplência nos últimos 12 meses, 24% deles contaram que haviam chegado ao vermelho porque emprestaram o próprio nome a terceiros. Os dados são de uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Mais da metade (51%) dessas pessoas fizeram isso com a intenção de ajudar quem fez o pedido, enquanto 16% ficaram com vergonha de dizer não.

Em 27% dos casos, o pedido veio de amigos. Quase empatados em segundo lugar, vêm os pais e os filhos, com 14% cada; os cônjuges, com 13% e os colegas de trabalho, com 12%.

A pesquisa mostrou ainda que na maior parte dos casos, o empréstimo de nome se deu por meio do cartão de crédito (35%) ou cartão de loja (20%). Em seguida, vieram os financiamentos (17%) e os empréstimos pessoais (14%).

Se você receber um pedido desses, cuidado. A pessoa que pede esse tipo de favor, geralmente, já tem o próprio nome com restrição ou está com a vida financeira desorganizada, então o risco de não receber o valor gasto é alto.

Pense no seguinte: Se os bancos, lojas e financeiras negaram crédito para este seu parente/amigo, é porque eles avaliaram (através de ferramentas de análise financeira) que essa pessoa tem grandes chances de não honrar o novo compromisso que pretende assumir. Sendo assim, caso esta previsão se concretize e você emprestou seu nome, saiba que você tem grandes chances de ter que assumir a responsabilidade sobre essa dívida.

Sendo assim, não se deve emprestar o nome sem antes refletir sobre as consequências dessa decisão. Do ponto de vista legal, quem emprestou o nome é sempre o responsável pela dívida feita.

Como você já percebeu (ou viveu), essa situação pode não acabar nada bem. Prova disso é que em apenas 32% dos casos, quem pediu o nome emprestado está pagando a dívida por conta própria. O mais comum é que quem emprestou acabe pagando sozinho a dívida. Foi o que revelaram 53% dos entrevistados.

Eu acho que você não quer fazer parte desta triste estatística, e ainda por cima perder um relacionamento… Reflita sobre isso antes de querer ‘ser legal’ demais com um parente/amigo.

Por hoje é só. Façam sua parte e contem comigo!

Caso você tenha alguma questão ou dúvida relacionada a Finanças Pessoais, envie-a para redacao@plenonews.com.br e eu terei o maior prazer em responder e tentar lhe ajudar.

Forte abraço, até semana que vem se Deus quiser, sucesso e fiquem na Paz!

Anderson de Alcantara é profissional do mercado financeiro há 30 anos, onde atua como como Planejador Pessoal; e é Professor Titular do Ministério Videira – Educação Financeira à luz da Bíblia.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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