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A Bíblia diz que a mentira não convém aos santos e que o Diabo é pai dela

Renato Vargens - 01/04/2019 14h36

Existem inúmeras explicações para o 1º de abril ter se transformado no dia da mentira Foto: Pixabay

Existem inúmeras explicações para o 1º de abril ter se transformado no dia da mentira. Uma delas diz que a brincadeira surgiu na França. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de abril. Em 1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX da França determinou que o Ano Novo seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.

Em países de língua inglesa, o dia da mentira costuma ser conhecido como april fool’s day ou dia dos tolos. Na Itália e na França, ele é chamado respectivamente de pesce d’aprile e poisson d’avril, o que significa literalmente “peixe de abril”.

No Brasil, o 1º de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou “A Mentira”, um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentido no dia seguinte. “A Mentira” saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

A Bíblia diz que a mentira não convém aos santos e que o Diabo é pai dela. No livro de Provérbios, capítulo 6 de 16 a 19, aprendemos que: “Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos”.

Caro leitor, quando a Bíblia afirma que Deus aborrece e abomina alguma coisa, devemos levar isso a sério. Salomão, melhor do que ninguém, entendia o que estava afirmando. Afinal de contas, ele sabia o quão terrível e temível é o SOBERANO SENHOR.

Nesta lista de sete coisas que Deus aborrece, três delas são relacionados aos pecados da língua. As Escrituras Sagradas afirmam que Deus odeia a mentira. Segundo a Bíblia, o mentiroso será castigado por Deus (Salmos 7:12-16). Muitas pessoas confiam na mentira, se achando capazes de enganar o mundo e até o próprio Deus. Em sua arrogância, elas não confiam no Senhor (Salmos 40:4). Além disso, o texto também é claro em afirmar que o nosso Deus aborrece a testemunha falsa que profere mentiras. Isto é, em outras palavras, Deus odeia aqueles que lançam falso testemunho a respeito de outrem. E por fim, o texto é enfático em afirmar que Deus abomina o que semeia contendas entre irmãos.

Prezado amigo, contendas são obras de maldizentes. Lamentavelmente existem pessoas que ocupam o seu tempo falando mal dos outros e semeando discórdias. Para estas o que importa é denegrir a vida do vizinho, do colega de trabalho, do irmão da igreja, do líder de ministério, do pastor e de quem mais achar por bem. Alguém já disse que contendas são fáceis de começar e difíceis de terminar. Salomão afirmou que “como o abrir-se da represa, assim é o começo da contenda; desiste, pois, antes que haja rixas” (Provérbios 17:14).

Pois é. Infelizmente, os que agem desta forma demonstram não possuir o menor temor a Deus e Sua Palavra. Se você é daqueles que têm por hábito falar muito e mal de alguém, resolva em nome de Cristo mudar o seu comportamento, fazendo da língua instrumento de bênção.

Pense nisso!

Renato Vargens é pastor sênior da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, no Rio de Janeiro e conferencista. Pregou o evangelho em países da América do Sul, do Norte, Caribe, África e Europa. Tem 24 livros publicados em língua portuguesa e um em língua espanhola. É também colunista e articulista de revistas, jornais e diversos sites protestantes.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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