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Nomofobia

Esta síndrome exige terapia psicológica e/ou medicamentosa, para que hábitos sejam modificados e a pessoa se volte mais para o mundo real

Elaine Cruz - 28/03/2019 12h45


No brasil, o número de celulares vendidos é maior do que o número da população do país. Isto impressiona, não só pelo interesse do brasileiro pela comunicação, mas especialmente pelo hábito, e vicio, pelas redes sociais que o aparelho disponibiliza.

É cada vez mais frequente a reclamação de professores, cujos alunos direcionam muito mais a atenção a seus parelhos celulares do que à aula expositiva. Da mesma forma, todos já percebemos a avidez das pessoas com seus celulares dentro dos ônibus, metrôs e trens e, muitas vezes, lendo mensagens enquanto dirigem um carro!

Muitos almoços de família se tornam silenciosos, pois os membros da casa, mesmo ao saírem para restaurantes, se isolam uns dos outros para manter “contato” com sua rede de amigos virtuais. Muitas pessoas estão cada vez mais dependentes dos celulares, vários casamentos estão definhando por conta do pouco diálogo, e é grande o número de pessoas que passaram a usar mais de um telefone celular.

A dependência do celular e de outros equipamentos tecnológicos que permitem a comunicação virtual é uma doença chamada de nomofobia ou no-mobile-fobia, que significa medo de estar sem “mobilidade” – quando as pessoas não conseguem se desprender da tecnologia, deixando os aparelhos ligados 24 horas por dia, inclusive enquanto dormem.

A nomofobia pode causar ansiedade, desamparo, angústia, impotência, pânico, taquicardia, sudorese, insônia, e pode levar a uma dependência extrema, onde a pessoa fica sem dormir para não se desconectar ou pela ansiedade de saber que vai ficar um tempo sem se comunicar com alguém. Uma vez diagnosticada, esta síndrome exige terapia psicológica e/ou medicamentosa, com a urgência de que hábitos sejam modificados e a pessoa se volte mais para o seu mundo real e relacional.

Assim sendo, analise seus hábitos, interaja com as pessoas reais à sua volta, diminua sua expectativa sobre estar conectado com outros, diminua suas postagens, selecione as informações que deseja processar e viva melhor com você mesmo!

Elaine Cruz é pastora no Ministério Fronteira, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro; Psicóloga clínica e escolar, especializada em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade; Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense; palestrante e conferencista internacional, com trabalhos publicados no Brasil e no exterior; Mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA); e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, com oito livros publicados.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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