Sergio du Bocage - 21/02/2019 11h06

Entra ano, sai ano, mudam as gerações e o tema continua, trocando-se apenas um ou outro personagem. Afinal, quem foi ou é o maior jogador de futebol do mundo? Messi ou Pelé? E, diante da afirmativa de que Pelé não tem comparação, quem fica em segundo lugar? Neymar é quem ocupa esse segundo posto no Brasil? Melhor que Zico, do Flamengo? E lá vamos nós para debates, discussões, teorias e argumentos prós e contrários a cada um deles.

Nessa discussão, tudo deve começar por Pelé. Afinal, nenhum outro foi eleito Rei do Futebol ou ganhou o prêmio de Atleta do Século. Sem contar o tricampeonato mundial com a Seleção Brasileira, os mil gols, o fato de ter jogado até como goleiro e por aí vai. Então, realmente, ele está acima dos demais. Mas, e Messi? Pelé jogaria no futebol atual, num campo menor e com marcação mais intensa? Ora, se nem os argentinos sabem se o melhor é Messi ou Maradona. Como compará-lo a Pelé? Então, creio que já eliminamos um candidato.

Aí surgem outros debates: Se no Brasil o Rei não tem equivalente, quem é o segundo? No momento, há quem defenda Neymar. Os mais antigos, lembram de Garrincha – outro incomparável no futebol mundial! Os não tão antigos assim, citam Zico, ídolo ímpar da maior torcida do país, a do Flamengo. A lista segue com Ronaldo Fenômeno, Romário, Rivaldo. Dá para escrever um parágrafo de nomes.

Atualmente, para a TV Brasil, tenho entrevistado alguns técnicos mais experientes para uma série chamada “Os Setentões”. Carlos Alberto Parreira me disse que, de todos os craques com quem trabalhou – e olha que foram muitos -, nenhum se compara a Pelé. Evaristo de Macêdo foi mais além. Existiu um primeiro: Pelé. Depois dele, vários segundos, no mundo inteiro. Craques com características diferentes, mas todos de extrema qualidade. Para que escolher um segundo?

Isso encerraria a questão. Mas, será que a gente quer isso?