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Conhecendo melhor as Corretoras Independentes

Enquanto grandes bancos focam em áreas como crédito ou meios de pagamento, corretoras independentes são focadas em fazer render melhor o dinheiro de seus clientes

Anderson de Alcantara - 19/02/2019 09h03


Olá, caro leitor do Pleno.News! Como vai? Tudo bem?

Como eu já venho demonstrando há algumas semanas, para quem tem algum dinheiro guardado – fruto de duro trabalho e disciplina – faz tempo que a Caderneta de Poupança já não é a alternativa mais rentável para a busca de liquidez e segurança. Uma opção bastante conhecida é investir no Tesouro Selic, e outra ainda mais favorável em muitos casos são os Fundos de Investimentos em Renda Fixa. Porém, estas duas alternativas, quando colocadas em prática via bancos comerciais (aqueles, que têm uma agência em cada esquina, e por onde a gente recebe e faz pagamentos), podem ser ainda piores que a Poupança em função dos altos custos que os bancos convencionais cobram. A saída é começar a conhecer as CORRETORAS INDEPENDENTES.

As Corretoras Independentes (tecnicamente denominadas de Corretoras de Valores) ganham cada vez mais relevância no Sistema Financeiro Nacional. Em outros países, elas já são muito representativas: enquanto aqui no Brasil cerca de 95% dos investimentos dos brasileiros se concentram em apenas cinco instituições: Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander e Caixa; em outros países, os números são bem diferentes: mais de 90% dos investimentos dos norte-americanos, por exemplo, estão sob os cuidados de agentes independentes de investimentos financeiros.

Enquanto os grandes bancos focam apenas em áreas como crédito ou meios de pagamento – porque lhes são mais rentáveis – corretoras independentes são focadas em fazer render melhor o dinheiro de seus clientes; com os mesmos graus de controle, fiscalização e segurança dos bancos.

As corretoras vêm sendo cada vez mais procuradas pelos investidores brasileiros. Isso se dá devido ao longo ciclo de juros baixos vividos no Brasil desde o início da recessão econômica (que, ao que parece, pela prévia do PIB de 2018 que ainda será divulgado, começou a ser revertida, timidamente ainda), aliado à revolução tecnológica que tem proporcionado o surgimento de plataformas digitais fáceis de se usar. Essas novidades tornam possível ao investidor, montar sua própria carteira de investimentos, sem precisar se especializar em economia.

Somando esta demanda reprimida (de investidores que buscam alternativas mais rentáveis aos seus investimentos) com os avanços tecnológicos, as corretoras de valores deixaram de ser apenas “corretoras se ações” ou “de bolsa” e se tornaram uma espécie de “Shoppings Centers Financeiros”. Tecnicamente, “plataformas digitais em que há diferentes produtos para se investir ou buscar proteção para o seu dinheiro, como os papéis de renda fixa, ações, fundos de investimentos, seguros, previdência, etc.”. Você tem uma gama de produtos, de marcas diferentes, e escolhe qual o mais adequado para você, com a mesma liberdade com que se faz compras.

Enquanto no banco a oferta é exclusivamente de produtos de própria emissão do banco, nas corretoras há vários bancos emissores e gestores de fundos, simultaneamente, à disposição do cliente, gerando uma concorrência saudável, onde quem sai ganhando é o investidor. Em uma consulta rápida podemos constatar, por exemplo, que um pequeno investidor que queira aplicar R$ 30.000,00 por um ano em um CDB, encontra nos grandes bancos ofertas de taxas em torno de 78% e 87% do CDI. Enquanto isso, os títulos das instituições menores podem render até 116% do CDI. Tudo isso com a mesma cobertura do Fundo Garantidor de Crédito nacional. Ou seja: sem riscos.

– Ok, professor! Mas, afinal, como escolher a melhora corretora de valores?

Para quem gosta de uma análise mais detalhada, sobre índices de solidez, resultados e etc., um bom site é o BANCO DATA: https://bancodata.com.br/, que é um banco de dados independente, que permite analisar informações detalhadas de bancos e corretoras de valores do mercado atual. Ele replica as informações públicas entregues pelas instituições ao Banco Central e permite visualizar e comparar dados entre as instituições.

Já para quem não é tão aficionado por números e acha que será um pouco assustador entrar nessa trilha sozinho(a), uma boa alternativa é pedir opinião a conhecidos que já sejam investidores, ou consultar um Consultor Financeiro independente para encontrar a corretora mais adequada ao seu perfil.

Para quem está no meio-termo – é autodidata, mas não tão técnico assim – destaco alguns pontos que você, caro leitor/leitora, deve levar em conta na hora de escolher a corretora para onde irá mudar o seu dinheiro:

  1. Olhar somente para os preços é um erro – o barato pode sair caro. A sua corretora de valores deve oferecer um bom atendimento, ser transparente, honesta e cobrar um preço justo por isso. É difícil algo ser de graça e ter alta qualidade. Informe-se sobre os custos;
  2. Tecnologia é fundamental. A sua corretora precisa possuir um site e aplicativo de celular amigáveis, de acesso simples, que estejam no ar 24 horas por dia;
  3. Atendimento é importante. Mesmo em tempos de acessibilidade e uso de aplicativos, é importante você saber com quem vai falar quando tiver uma dúvida ou algo der errado (como a digitação de um número errado na hora de fazer uma operação, e precisar cancelar urgentemente). Faça um teste, ligue para a corretora ou para a pessoa do seu agente e veja quanto tempo eles levam para te responder;
  4. Diversificação de produtos e selo de qualidade. Certifique-se que sua corretora possua, no mínimo:
  • homebroker (para o mercado de ações);
  • acesso ao Tesouro Direto;
  • ofertas de Renda Fixa;
  • acesso a Fundos de Investimentos;
  • Certificado PQO (Programa de Qualificação Operacional).

Estas informações podem ser conferidas/filtradas no site da B3/BMF Bovespa: http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/servicos/participantes/busca-de-corretoras/

Bem, acho que para esta semana eu te dei uma tarefa bastante importante e trabalhosa. Não tenha preguiça! Agora que você já sabe como pesquisar a melhor corretora para você, é só fazer suas checagens, pedir opinião aos conhecidos, e começar a investir.

Continue aqui conosco pelas próximas semanas que você vai descobrir como é possível conquistar sua liberdade financeira com mais rapidez, sem precisar acompanhar o mercado a toda hora e sem correr altos riscos. Espero que você tenha gostado e faça bom proveito das informações!

Por hoje fico aqui, lembrando que, caso você tenha alguma questão ou dúvida relacionada a Finanças Pessoais, pode enviá-la para redacao@plenonews.com.br e eu terei o maior prazer em responder e tentar lhe ajudar.

Forte abraço e até semana que vem. Sucesso e fique em Paz!

Anderson de Alcantara é profissional do mercado financeiro há 30 anos, atua como consultor financeiro na 3468 Finance e é professor titular do Ministério Videira – Educação Financeira à luz da Bíblia.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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