Como lidar com a amamentação?
Mãe de primeira viagem tem dúvidas e especialista auxilia
Como Lidar - 18/12/2018 17h16
“Sou mãe de primeira viagem e minha filha de quatro meses não quer mais mamar no peito. Além das fortes dores que sinto, queria que minha filha continuasse com a amamentação por mais tempo. Como lidar com essa situação?”
Claudia Ribeiro, Manaus, AM
RESPOSTA:
Oi, Claudia. A amamentação é uma das principais experiências na relação entre o bebê e a mãe. Ela une a saciedade ao prazer e possibilita que a intimidade na dupla mãe/bebê se instale. O leite materno é inquestionável quanto ao seu valor nutricional, tanto que deve ser exclusivo até os 6 meses de vida, podendo continuar até 2 anos ou mais.
Para a saúde do bebê – garante os nutrientes necessários para o seu crescimento e desenvolvimento, além de não conter impurezas; favorece o desenvolvimento do sistema nervoso e da inteligência; contém elementos que combatem as infecções e células que protegem a criança contra as agressões de bactérias e vírus; não dá alergia, fato frequente quando da ingestão de outros leites; se o bebê adoecer, a recuperação é mais rápida.
Para a saúde da mãe e da família – Enquanto amamenta, a mulher geralmente fica mais protegida de uma nova gravidez nos primeiros meses após o parto, bem como apresenta menor probabilidade de desenvolver câncer de mama e de ovário; diminui os gastos com fórmulas infantis e medicamentos.
No entanto, embora o bebê tenha o reflexo de sugar, a amamentação exige treino e persistência. Além disto, alguns fatores podem prejudicar a amamentação, tais como: bicos, chupetas e mamadeiras, introdução precoce de fórmulas lácteas, cirurgias nas mamas, prematuridade, bebidas alcoólicas, tabagismo, entre outras.
Diante da recusa do bebê, é possível que a produção de leite diminua. Neste caso, deve-se persistir oferecendo o seio materno e, em caso de extrema necessidade, complementar com um substituto do leite materno oferecido por meio de colher ou copinho. Isto vai evitar que o bebê se acostume à mamadeira e mais tarde não aceite mais o seio. Em último caso, se o bebê “largar” o seio, consulte seu pediatra e nutricionista para saber quais os tipos adequados de alimentos para garantir a nutrição e crescimento saudável do seu filho.
Lembre-se que amamentar é um ato de amor, mas isto não quer dizer que mães que não amamentam não amem seus filhos.
Rosane C. R. Laeber é pediatra formada pela UNIG, especialista em Pediatria e atua na Rede Pública Estadual do RJ e Municípios da Baixada Fluminense. |
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