Privatize Já!
É inviável que tenhamos 144 empresas estatais, muitas das quais com imensos gastos mensais, e sem a menor utilidade econômica e social.
Fábio Guimarães - 21/11/2018 11h10
O governo Bolsonaro começa a ser desenhado no plano econômico. E com o futuro Ministro da Economia Paulo Guedes comandando uma trupe liberal.
Nomes como Mansueto de Almeida na Secretaria do Tesouro Nacional, Joaquim Levy para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, Roberto Castello Branco para a presidência da Petrobras e Roberto Campos Neto para a presidência do Banco Central – Bacen dão credibilidade para a recuperação econômica e social que o Brasil tanto precisa.
Essa semana foi anunciado pelo futuro Ministro da Economia que o governo contará com uma secretaria de privatizações, vinculada ao Ministério da Economia, será responsável pelo programa de desestatização do futuro governo Bolsonaro.
As privatizações, se bem feitas, podem trazer competitividade a setores econômicos importantes, assim como acabar com desperdícios de recursos públicos em empresas ineficientes. Vale ressaltar que todo processo de desestatização é delicado e requer alguns cuidados como transparência e comunicação eficiente.
A esquerda com muita competência conseguiu rotular de forma pejorativa o processo de privatização. Cabe ao futuro governo ter competência e honestidade intelectual para conduzir essa luta tão importante mas sensível no que tange a opinião pública de um modo geral.
Outra importante observação é sobre as atividades estratégicas e/ou essenciais. O governo pode e deve reduzir o tamanho do Estado, sempre avaliando caso a caso cada instituição, não só levando em consideração seus “números”, mas também sua importância social.
Casos como o Caixa Econômica, Banco do Brasil, Petrobras e Eletrobras são exemplos de empresas nacionais que, além de seus valores financeiros, têm importância para a política de economia nacional.
Agora é inviável que tenhamos 144 empresas estatais, muitas das quais com imensos gastos mensais de funcionários, sede e custeio sem o menor objetivo econômico ou social.
Vamos em frente, o Brasil precisa avançar.
Fábio Guimarães é economista, formado pela UFRRJ com MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC-RJ. Palestrante, consultor e debatedor, atuou por mais de 10 anos como gestor nas áreas de trabalho e renda e desenvolvimento econômico. |