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Quando os cônjuges se tornam sérios demais

Josué Gonçalves - 05/01/2019 08h05

Nunca permita que o jogo da vida se transforme numa batalha campal. É preciso ter um boa dose de humor para lidar com as pressões do casamento.

“Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia”(Ef. 4:31).

Existem dois tipos de pessoas no mundo: as nutridoras e as tóxicas. Pessoas tóxicas contaminam o ambiente com ansiedade, tristeza, descontentamento, ódio, sentimento de vingança e MAU HUMOR. Um cientista, fazendo uma pesquisa sobre a sensibilidade das plantas, descobriu que um ambiente tóxico faz mal a elas. Algumas são tão sensíveis que nunca se dariam bem em um presídio ou manicômio, por exemplo. Se um ambiente tóxico faz mal até para as plantas, imaginem para os filhos, cônjuges, etc.

Você já teve a experiência de estar bem e, logo após conversar com certas pessoas, ficar se sentindo pra-baixo, chateado e mau humorado? Estas são as pessoas tóxicas. Quando alguém carrega dentro de si raízes de amargura, esta pessoa não apenas se auto-destrói, como também vai contaminando as outras ao seu redor. (Hb 12:15).

Veja como isto acontece: O diretor de uma empresa passava por uma crise conjugal, o que provocava alguns conflitos. Os dois formavam um “casal tóxico”. No domingo, por um motivo banal, brigaram mais uma vez e houve agressões físicas. Ele não dormiu na mesma cama que ela e, pela manhã, saiu para trabalhar com raiva, ressentido e mau humorado. Passou com o carro pela portaria e não cumprimentou o porteiro. Assim que entrou em sua sala, mandou a secretária chamar o gerente e, quando o gerente entrou, começou a falar alto e a cobrar até o que o homem não devia, em termos de produção. Ofendeu o rapaz, intoxicando-o. Depois da reunião, o gerente saiu da sala com os nervos à flor da pele, e chamou o encarregado. Quando o encarregado entrou na sala, ele transferiu toda toxina recebida para o seu subordinado, fazendo cobranças além dos limites do bom senso, ofendendo o funcionário e mando-o produzir mais.

Ao sair da sala, o encarregado chamou o operador de máquinas e transferiu toda toxina recebida para seu subordinado. Gritou, ofendeu e fez cobranças absurdas. O operador saiu e, em vez de produzir 100 peças, terminou o dia com 70. Foi para casa e, no caminho, ofendeu o cobrador do ônibus. Ao chegar em casa, a esposa o recebeu com um bolo de chocolate e disse: “Fiz para você; é o que você mais gosta”. Ele olhou para o bolo e com uma expressão facial de reprovação disse: “Já ganho pouco e o que sobra você fica gastando com bolo doce? Não quero bolo coisa nenhuma”. A mulher, intoxicada pelo marido, joga o bolo no lixo. Aí vem o filho e pede: “Mãe, me dá um pedaço de bolo?” Ela lhe dá uma bronca, sem razão, e o manda para fora. O menino sai chorando e, intoxicado, no caminho encontra o cachorro que quer brincar com ele. Nervoso, ele chuta o cachorro que sai correndo. Lá na frente o cachorro, intoxicado, encontra o gato e, sem razão, o provoca e o morde. O gato sai ferido e, intoxicado, encontra um rato que está passando e parte para cima do rato. O rato escapa, mas perde um pedaço do rabo. Quando chega em casa, a ratinha vai brincar com ele. Ele a empurra e diz: “Sai pra lá, você não percebeu o que fizeram com meu rabo?” Uma confusão foi armada na casa do rato…

Você percebeu como foi longe o efeito negativo de uma pessoa que é tóxica? Para o diabo, quanto mais pessoas tóxicas e intoxicadas, melhor. Porém, Deus pode e quer curar estas pessoas para que elas sejam nutridoras, abençoadoras.

Provérbios 15:13 diz que a primeira coisa que acontece quando Deus nos cura e nos dá saúde na alma, é a mudança na expressão facial: “O coração alegre aformoseia o rosto”. Outro verso de Provérbios diz que, quando estamos bem emocionalmente, onde quer que cheguemos, acabamos influenciando as pessoas, nutrindo-as com alegria. “… a alegria do coração é banquete contínuo” (Pv. 15.15). Uma pessoa curada espiritualmente, sara-se de muitas enfermidades do corpo, as chamadas doenças psicossomáticas. É por isso que a Palavra de Deus diz: “O coração alegre é bom remédio”(Pv. 17:22).

Uma boa dose de senso de humor é fundamental para lidarmos com as pressões do casamento
Quando os cônjuges se tornam sérios demais, o casamento passa a não ter vida, calor e alegria. Nunca se esqueça da importância de se descontrair, se divertir e desfrutar a vida um do outro. Com razão disse Salomão: “Há um tempo certo para cada coisa: tempo para nascer, tempo para morrer, tempo para chorar, tempo para rir” (Ec 3:1-2). Um conhecido adágio francês diz: “O dia mais perdido de todos é aquele no qual ninguém riu”. Não permita que o jogo da vida se torne uma batalha campal. Quando isto acontece, a relação se torna uma disputa, onde só há perdedores. Não há prazer, apenas medição de forças. A brincadeira no relacionamento jamais pode virar guerra.

O que faz o senso de humor ? Ajuda a colocar as coisas em perspectiva. Impede-nos de fazer tempestade em copo d’água. Permite aos cônjuges o direito de serem menos que perfeitos. A capacidade de rir tira muito da pressão do relacionamento conjugal. O senso de humor é um lubrificante social.

Alguns ditados interessantes:
“Ria, e o mundo rirá com você”.
“O riso compartilhado cria um laço de amizade”.
“O riso é a menor distância entre duas pessoas”.
Ria sempre com, e nunca de… Ria com a esposa e nunca da esposa… Ria com a sogra e não da sogra.. O riso é uma forma importante para manter a saúde de sua vida (Pv 17:22).

Jesus e o senso de humor
Elton Truebood mostra como Cristo utilizava de sátiras, ironia e paradoxos para ajudar a esclarecer idéias profundas. Considere o humor nestas passagens que convidam à reflexão:

Mt. 23:24 – Coar um mosquito e engolir um camelo.
Mt. 19:24, Mc. 10:25 e Lc. 18:25 – O camelo passando pelo fundo de uma agulha.
Lc. 6:39 – Cegos guiando cegos.
Mt. 8:22 – Mortos sepultando mortos.
Mt. 7:16 e Lc. 6:44 – Uvas de espinheiros.
Mt. 7:4 e Lc. 6:41 – Argueiro e trave no olho.
O senso de humor de Cristo era sempre usado para esclarecer e aumentar a compreensão, jamais para ferir. Portanto, pode ser tomado como modelo insuperável para os cônjuges.

Os efeitos de uma “boa risada”
Um remédio infalível – Nosso corpo vive intensas modificações apenas com uma “boa risada”. Os pulmões, por exemplo, podem multiplicar quatro vezes sua capacidade receptora de oxigênio. Isto, por sua vez, produz mais adrenalina com consequente benefício para os asmáticos, por sua função bronco-dilatadora. Também os órgãos do sistema digestivo são beneficiados. Fígado, pâncreas, intestino e os músculos que os envolvem, produzem maior quantidade de sucos, melhorando consideravelmente a digestão. O coração, ao bater mais rápido, acelera a circulação do sangue, diminuindo a pressão arterial e facilitando a eliminação de toxinas. O cérebro também colhe os efeitos de uma boa risada quando o hipotálamo, ao liberar mais endorfinas, produz processos analgésicos. Neurologistas como Lee Berk afirmam que rir é de grande ajuda na produção de uma resposta imunológica mais favorável no combate ao estresse. Enfim, uma “boa risada” funciona melhor do que uma bateria de remédios.

Em Neemias 8:10 está escrito: ‘A alegria do Senhor é a nossa força”. Todos nós precisamos do “elixir do humor” para sobreviver. O casamento não pode ser colocado numa camisa- de-força, projetada para nos impedir de gozar a vida mutuamente.

Josué Gonçalves é terapeuta familiar, escritor, pastor e apresentador do programa Família Debaixo da Graça, transmitido pela RedeTV!. Trabalha com o tema Família há 27 anos. Seu trabalho pode ser conhecido no site Amo Família.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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