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A maternidade X o ser mulher

A partir do momento de fusão entre mãe e bebê, a identidade da mulher passa a funcionar exclusivamente em função de seu filho

Ellen Sarmento - 28/09/2018 11h28

Queridos leitores do Pleno.News, quero dar continuidade a nossa série sobre a mulher e seus múltiplos papéis. E, no texto de hoje, trarei uma reflexão sobre o desempenho da maternidade versus o ser mulher plena em sua feminilidade.

A maternidade é um dos grandes desafios na jornada de uma mulher, pois não é só o fato de gerar por um período de nove meses; mas todas as mudanças físicas, hormonais, emocionais pelas quais a mulher passa. E mais, uma vida que dependerá dela a partir do nascimento, de todos os seus cuidados, de todo o seu afeto e da mais completa entrega.

A partir desse momento de fusão entre mãe e bebê, a identidade da mãe passa a funcionar exclusivamente em função de seu filho. Caso esse processo não seja conduzido da melhor maneira possível, ocorrerão fissuras na identidade dessa mãe que antes disso era apenas uma mulher exercendo sua feminilidade de forma singular.

Vamos então descobrir como podemos manter esses dois papéis em completa sinergia, gerando equilíbrio para essa mulher que, por muitas vezes, se encontra desorientada e sem a ferramenta adequada para se manter equilibrada e plena.

Compartilharei cinco dicas preciosas, para que você, mulher, tome posse dessas ferramentas e prossiga em sua missão nesta terra:

1. Gere afeto, e sua vida se transformará
A mulher quando compreende seu papel essencial, no funcionamento emocional e desempenho na vida de quem a cerca, faz somente o bem a todos que lhe rodeiam. Assim, ela prefere o silêncio a usar palavras que ofendam ou magoem.

Ela é boa com seu esposo e filhos e só tem olhos para o bem de sua família. Também é boa ouvinte das necessidades de seu esposo e agrada-lhe com ternura e amor. E toda competitividade é posta de lado.

2. Aja com alegria, e não se deixe abater
Mulher virtuosa é aquela que, mesmo cansada após um dia estressante e preocupante, toma forças para fazer o melhor para seus familiares. Assim, ela cultiva uma atmosfera de parceria, em que cada um é importante para o funcionamento da casa e das tarefas.

Essa mulher estimula e sempre visualiza o melhor de cada um na família, dá exemplo ao mundo, tarda em se ofender e julgar.

3. Priorize o seu dia de descanso
A mulher quando compreende que para se manter plena e equilibrada é necessário delegar atribuições e tarefas para cada uma das pessoas que constituem esse lar, prioriza o seu descanso. E isso é legítimo, pois só conseguimos a plenitude se compreendermos até onde podemos permanecer plenas e com equilíbrio emocional.

Para isso, se faz necessário ter um dia para si, para se cuidar, tempo para ler um livro e também deixar os filhos com o marido.

4. Olhe para dentro de si e se contemple
Uma mulher especial se preocupa com sua beleza interior. Mas ela também arruma os cabelos, se penteia, se maquia, se perfuma, se hidrata e cuida de sua alimentação. Porém, ela não deixa de ter foco também em seu trabalho pelo aperfeiçoamento de seu interior.

Ela é diligente e ativa em boas obras, usando todo seu empoderamento feminino para estimular e motivar outras mulheres a prosseguirem tomando posse de sua feminilidade.

5. Prepare-se diariamente
Uma mulher plena se prepara com antecedência, organiza sua vida, exerce a mordomia do tempo e diz “NÃO à ANSIEDADE”. Ela se planeja, executa e prossegue em suas tarefas sem se perder em seu equilíbrio.

Essa mulher trabalha constantemente a flexibilidade, gerando afeto e acolhimento a ela mesmo e as pessoas que a cercam. E em bases que lhe ofertem mais segurança, ela é cautelosa, mas determinada e retém somente o que lhe faz bem.

Desejo que essas orientações possam ser multiplicadas na vida de muitas mulheres e que essas ferramentas possam ser potencializadas na vida de cada leitor.

Um abraço e até o próximo post!

Ellen Sarmento é psicóloga clínica e palestrante, com formação em terapia sistêmica familiar pela Núcleo Pesquisas. Especializada em atendimento familiar e de casal. Especialista em Terapia EMDR pela TraumaClinic do Brasil. Capacitada pelo Ackerman Institute, em Nova York, e pelo Instituto Bowen, em Washington.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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