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Traqueobronquite ou tosse dos canis: A doença que afeta os cães

A doença se manifesta com uma tosse seca, persistente. Muitas vezes, ela piora após o exercício ou quando o animal está muito alegre

Vinícius Cordeiro - 23/08/2018 11h38

Também conhecida como traqueobronquite infecciosa canina ou traqueíte, a tosse dos canis é uma das doenças mais comuns entre os cachorros. É altamente contagiosa e a incidência aumenta em climas frios, porém não é transmitida a seres humanos.

O nome tosse dos canis vem exatamente dessa fácil propagação. Em locais com grandes aglomerações de animais, como os abrigos, a doença se torna muito comum. Por esse motivo é importante diagnosticar e tratar rapidamente o primeiro animal que apresentar os sintomas.

Essa doença é manifestada por uma tosse seca, persistente. Muitas vezes, ela piora após o exercício ou quando o animal está muito alegre. Em casos especiais, também pode ser observada a expulsão de fluídos pelo nariz.

No cão, além da tosse, não costuma ocorrer desconforto, assim, ele irá comer, se exercitar e permanecer ativo e alerta, embora doente. Não é uma doença grave, mas pode ficar complicada caso haja líquido nos pulmões.

Apesar do que já falamos, um cuidado extra deve ser tomado com filhotes ou cães debilitados. O quadro também pode se complicar no caso de cães imunocomprometidos e evoluir para pneumonias.

Já foram desenvolvidas vacinas para a maioria dos agentes associados à doença. A vacinação é recomendável, principalmente nos animais que costumam ser hospedados em hotéis ou que vão para canis e pet-shops.

Os filhotes podem ser vacinados por via intranasal já com 2 a 4 semanas de vida sem interferência com os anticorpos maternos e após a revacinação anual. No caso da vacina via subcutânea, ela é administrada em duas doses com intervalo de 3 a 4 semanas, com início nos filhotes a partir de 6 a 8 semanas.

No caso da doença não complicada o tratamento é sintomático podendo ser utilizado antibiótico. No paciente com doença complicada e/ou pneumonia, é indicado a internação com administração de fluidos e antibióticos.

A evolução natural da doença não complicada caso não seja tratada é em torno de 10 a 14 dias, por simples restrição aos exercícios e prevenções de excitações, ou seja, repouso absoluto! No caso da evolução da doença grave, como a pneumonia, o tratamento até a cura pode demorar de 2 a 6 semanas. O médico veterinário é o único que poderá fazer o diagnóstico e prescrever todo o tratamento adequado.

Vinicius Cordeiro é advogado, ex-Secretário de Proteção Animal do Rio de Janeiro.
Bruna Franco é ativista, dirigente da ONG ADDAMA e produtora executiva da ONG Celebridade Pet.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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